comunicado
A Direcção Política do "Portugal pró Vida" está consternada com as graves consequências dos recentes aluviões na Madeira, que provocaram dezenas de mortos e enormes danos materiais aos seus habitantes e convida todos os filiados e simpatizantes a uma solidariedade activa.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
mensagem de apoio à manifestação pelo Casamento, pela Família
Amigos,
Em Guimarães nos fizemos PORTUGAL!
Em Aljubarrota fomos uns PROs outros!
De Sagres nos fizemos ao mar, à VIDA!
em 2004 fomos duzentos e tal mil "mais vida e mais família"
em 2005, fomos oitenta mil a pedir um referendo à procriação medicamente assistida...
em 2007, um milhão e meio disse que não queria o aborto livre
... e, com a sua abstenção, cinco milhões porventura disseram que aquilo nem era pergunta que se fizesse!
em 2009, cinco mil de nós escreveram ao parlamento pedindo a suspensa da iníqua lei...
em 2010 fomos 92.000 a pedir um referendo ao casamento homossexual...
Tudo em vão...
... este parlamento há-de sempre responder-nos «não»!
Nos últimos meses o PPV propôs a centenas de autarquias do nosso país que se pronunciassem contra a Lei do Casamento Homossexual com possibilidade de adopção de crianças e acesso á P.M.A. - muitos concelhos e freguesias aprovaram moções neste sentido, registadas nos
respectivos livros de actas. Perguntamos - podem o governo e a Assembleia da República, depois de terem chumbado o pedido do referendo pelos cidadãos, desprezar também a vontade expressa de tantos órgãos do poder local, tão democraticamente eleitos como eles próprios?
Citando Gabriel, o pensador, perguntamos ainda:
«Até quando a gente vai ficar levando porrada, porrada? Até quando vamos ficar sem fazer nada?»
Acreditamos que a resposta do povo português será: «até dia 20 de Fevereiro de 2010»!
Estamos unidos, aqui e hoje, no preciso dia e lugar em que milhares de cidadãos manifestam o que não deveria ser preciso manifestar: que só de famílias fortes se faz uma sociedade forte e não aceitaremos nunca a degradação do casamento nem a possibilidade de adopção de crianças por
"casais" homossexuais.
Há políticos, hoje, que apostam tudo no fim deste "nobre povo", desta "nação valente"; e que nada mais procuram do que torná-la de "imortal", como a cantámos, em mortal... e morta.
Por isso é tão importante esta manifestação, que o «Portugal pro Vida» convictamente apoia, e que constitui um aviso sério ao Governo, advertindo-o de que o povo não aceitará uma Lei que, além de um violento ataque à estrutura da Família, e porque o programa do PS às legislativas
de 2009 claramente rejeitava o casamento com direito de adopção, constituiria também um grave abuso do mandato eleitoral.
Em Maio, o Santo Padre visitará Portugal.
Queremos convidar todos a subscrever a carta de boas-vindas que a partir da próxima semana será divulgada na internet. Vamos receber o Santo Padre como povo amigo da família!
«não tenhamos medo!» Estamos juntos!
Portugal pro Vida
17 de Fevereiro de 2010
Em Guimarães nos fizemos PORTUGAL!
Em Aljubarrota fomos uns PROs outros!
De Sagres nos fizemos ao mar, à VIDA!
em 2004 fomos duzentos e tal mil "mais vida e mais família"
em 2005, fomos oitenta mil a pedir um referendo à procriação medicamente assistida...
em 2007, um milhão e meio disse que não queria o aborto livre
... e, com a sua abstenção, cinco milhões porventura disseram que aquilo nem era pergunta que se fizesse!
em 2009, cinco mil de nós escreveram ao parlamento pedindo a suspensa da iníqua lei...
em 2010 fomos 92.000 a pedir um referendo ao casamento homossexual...
Tudo em vão...
... este parlamento há-de sempre responder-nos «não»!
Nos últimos meses o PPV propôs a centenas de autarquias do nosso país que se pronunciassem contra a Lei do Casamento Homossexual com possibilidade de adopção de crianças e acesso á P.M.A. - muitos concelhos e freguesias aprovaram moções neste sentido, registadas nos
respectivos livros de actas. Perguntamos - podem o governo e a Assembleia da República, depois de terem chumbado o pedido do referendo pelos cidadãos, desprezar também a vontade expressa de tantos órgãos do poder local, tão democraticamente eleitos como eles próprios?
Citando Gabriel, o pensador, perguntamos ainda:
«Até quando a gente vai ficar levando porrada, porrada? Até quando vamos ficar sem fazer nada?»
Acreditamos que a resposta do povo português será: «até dia 20 de Fevereiro de 2010»!
Estamos unidos, aqui e hoje, no preciso dia e lugar em que milhares de cidadãos manifestam o que não deveria ser preciso manifestar: que só de famílias fortes se faz uma sociedade forte e não aceitaremos nunca a degradação do casamento nem a possibilidade de adopção de crianças por
"casais" homossexuais.
Há políticos, hoje, que apostam tudo no fim deste "nobre povo", desta "nação valente"; e que nada mais procuram do que torná-la de "imortal", como a cantámos, em mortal... e morta.
Por isso é tão importante esta manifestação, que o «Portugal pro Vida» convictamente apoia, e que constitui um aviso sério ao Governo, advertindo-o de que o povo não aceitará uma Lei que, além de um violento ataque à estrutura da Família, e porque o programa do PS às legislativas
de 2009 claramente rejeitava o casamento com direito de adopção, constituiria também um grave abuso do mandato eleitoral.
Em Maio, o Santo Padre visitará Portugal.
Queremos convidar todos a subscrever a carta de boas-vindas que a partir da próxima semana será divulgada na internet. Vamos receber o Santo Padre como povo amigo da família!
«não tenhamos medo!» Estamos juntos!
Portugal pro Vida
17 de Fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
a favor dos Cuidados Paliativos
Numa saqueta de açucar dos «cafés Delta», comemorativa do dia mundial dos cuidados paliativos, podia ler-se:
«os cuidados paliativos consideram que o doente vale por quem é
e vale até ao fim da sua vida.»
e vale até ao fim da sua vida.»
Parabéns aos cafés Delta e à Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos por terem dado as mãos por tão meritória e necessária campanha de sensibilização da opinião pública
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
comunicado da Direcção Política Nacional
A Direcção Política Nacional do PPV vem declarar publica e oficialmente a quebra da confiança no Sr. Procurador-Geral da República, por indícios graves de incapacidade para assegurar a autonomia do Ministério Público, perante a sucessão de factos por explicar no âmbito do caso Face Oculta.
A confirmar-se a interferência governamental em rádios, jornais e televisões em vésperas das eleições legislativas 2009, a que concorremos, o «Portugal pro Vida» declara-se prejudicado no acesso a um processo eleitoral livre, transparente, justo.
Portugal está a braços com um problema de liberdade de imprensa que deve ser imediatamente enfrentado pelas autoridades competentes, uma vez que está em causa o normal funcionamento das instituições democráticas que deve ser garantido pelo Presidente da República.
11.02.2010, dia do 3º aniversário do 2º referendo ao aborto (como o 1º) não-vinculativo.
A confirmar-se a interferência governamental em rádios, jornais e televisões em vésperas das eleições legislativas 2009, a que concorremos, o «Portugal pro Vida» declara-se prejudicado no acesso a um processo eleitoral livre, transparente, justo.
Portugal está a braços com um problema de liberdade de imprensa que deve ser imediatamente enfrentado pelas autoridades competentes, uma vez que está em causa o normal funcionamento das instituições democráticas que deve ser garantido pelo Presidente da República.
11.02.2010, dia do 3º aniversário do 2º referendo ao aborto (como o 1º) não-vinculativo.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
o fim da linha II
Nós sabemos que este é o governo que se propunha(?) aumentar benefícios fiscais para a Igreja e dar talvez uma ajuda na construção da nova igreja de S. Francisco Xavier em Lisboa... mas não podemos ignorar o que os nossos olhos lêem:
Cavaco Silva
"Há nervosismo a mais na AR e nos edifícios limítrofes", citado no Abrupto
D. Manuel Clemente - Bispo do Porto
"A minha opinião é que quem tem responsabilidades acrescidas, porque é uma personalidade pública, tem obrigações maiores de coerência. Isso é um grande encargo, seja para este primeiro-ministro, seja para qualquer outra pessoa. Agora que quem tem responsabilidades públicas tem um encargo reforçado de justificação, ai isso tem"
Ana Gomes - eurodeputada socialista
"esclarecer se era, ou não, por instruções governamentais que a PT estava a negociar a compra da TVI à Prisa", acrescentando que, neste caso, "é o Estado de direito democrático que pode estar em causa".
Morais Sarmento - à Rádio Renascença,
salientou o facto de o procurador-geral da República "não ter visto indícios passíveis de censura, muito menos que justificassem uma investigação" às certidões do juiz de Aveiro divulgadas pelo Sol. "O país inteiro viu o que estava escrito no Sol. E depois querem que tenhamos confiança na justiça",
Cavaco Silva
"Há nervosismo a mais na AR e nos edifícios limítrofes", citado no Abrupto
D. Manuel Clemente - Bispo do Porto
"A minha opinião é que quem tem responsabilidades acrescidas, porque é uma personalidade pública, tem obrigações maiores de coerência. Isso é um grande encargo, seja para este primeiro-ministro, seja para qualquer outra pessoa. Agora que quem tem responsabilidades públicas tem um encargo reforçado de justificação, ai isso tem"
Ana Gomes - eurodeputada socialista
"esclarecer se era, ou não, por instruções governamentais que a PT estava a negociar a compra da TVI à Prisa", acrescentando que, neste caso, "é o Estado de direito democrático que pode estar em causa".
Morais Sarmento - à Rádio Renascença,
salientou o facto de o procurador-geral da República "não ter visto indícios passíveis de censura, muito menos que justificassem uma investigação" às certidões do juiz de Aveiro divulgadas pelo Sol. "O país inteiro viu o que estava escrito no Sol. E depois querem que tenhamos confiança na justiça",
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
ASSINE E DIVULGUE ESTA PETIÇÃO - o segundo aborto deve ser pago
Acha que deve ser o Estado a pagar o segundo, terceiro e quarto aborto(!), com o país a entrar num «Inverno Demográfico» que, a prazo, irá pôr em causa o Estado Social, isto é, a sua própria reforma?
Se discorda, assine e divulgue a petição online acessível neste endereço.
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Foram levantadas algumas dúvidas sobre a legitimidade desta proposta à luz da doutrina social da Igreja e em particular da encíclica "Evangelium Vitae". Parece-nos claro que a proposta se deve enquadrar naquilo a que João Paulo II se referiu como limitação de danos de uma lei iníqua, impossível de banir no imediato. Ler atentamente o seu ensinamento a este propósito na encíclica Evangelium Vitae (1, 2):
«73. [...] Portanto, no caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a entanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, «nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o seu voto»(3)
Um particular problema de consciência poder-se-ia pôr nos casos em que o voto parlamentar fosse determinante para favorecer uma lei mais restritiva, isto é, tendente a restringir o número de abortos autorizados, como alternativa a uma lei mais permissiva já em vigor ou posta a votação. [...] quando não fosse possível esconjurar ou abrogar completamente uma lei abortista, um deputado, cuja absoluta oposição pessoal fosse clara e conhecida de todos, poderia licitamente oferecer o próprio apoio a propostas que visassem limitar os danos de uma tal lei e diminuir os seus efeitos negativos no âmbito da cultura e da moralidade pública. Ao proceder assim, de facto, não se realiza a colaboração ilícita numa lei injusta; mas cumpre-se, antes, uma tentativa legítima e necessária para limitar os seus aspectos iníquos.»
-------------
(1) João Paulo II, Carta Enc. Evangelium vitae, n. 73, Ed. A.O. - Braga, 1995, pág.s 121-122
(2) http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_25031995_evangelium-vitae_po.html
(3) Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre o aborto provocado, 18.11.1974, n.22: AAS 66 (1974), 744
Se discorda, assine e divulgue a petição online acessível neste endereço.
Contra abortófilos, salvar, salvar!
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Foram levantadas algumas dúvidas sobre a legitimidade desta proposta à luz da doutrina social da Igreja e em particular da encíclica "Evangelium Vitae". Parece-nos claro que a proposta se deve enquadrar naquilo a que João Paulo II se referiu como limitação de danos de uma lei iníqua, impossível de banir no imediato. Ler atentamente o seu ensinamento a este propósito na encíclica Evangelium Vitae (1, 2):
«73. [...] Portanto, no caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a entanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, «nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o seu voto»(3)
Um particular problema de consciência poder-se-ia pôr nos casos em que o voto parlamentar fosse determinante para favorecer uma lei mais restritiva, isto é, tendente a restringir o número de abortos autorizados, como alternativa a uma lei mais permissiva já em vigor ou posta a votação. [...] quando não fosse possível esconjurar ou abrogar completamente uma lei abortista, um deputado, cuja absoluta oposição pessoal fosse clara e conhecida de todos, poderia licitamente oferecer o próprio apoio a propostas que visassem limitar os danos de uma tal lei e diminuir os seus efeitos negativos no âmbito da cultura e da moralidade pública. Ao proceder assim, de facto, não se realiza a colaboração ilícita numa lei injusta; mas cumpre-se, antes, uma tentativa legítima e necessária para limitar os seus aspectos iníquos.»
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(1) João Paulo II, Carta Enc. Evangelium vitae, n. 73, Ed. A.O. - Braga, 1995, pág.s 121-122
(2) http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_25031995_evangelium-vitae_po.html
(3) Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre o aborto provocado, 18.11.1974, n.22: AAS 66 (1974), 744
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Plano inclinado
Aos sábados, pelas 22h00, vale a pena ver o programa de debate na SIC notícias «PLANO INCLINADO». Moderado por Mário Crespo, tratando os principais temas da actualidade, conta ainda com Medina Carreira, Nuno Crato e João Duque.
A sua alegada classificação pelo Primeiro-Ministro como "um problema a solucionar", torna o seu seguimento um acto de cidadania crítica, um acto de resistência e de mobilização pela Liberdade.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
o fim da linha
por Mário Crespo*
«Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.»
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* o JN lá saberá porque não publicou - o PPV publica.
«Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.»
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* o JN lá saberá porque não publicou - o PPV publica.
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