quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Não é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana

"213 Entre estes seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predilecção, estão também os nascituros, os mais inermes e inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que ninguém o possa impedir. Muitas vezes, para ridiculizar jocosamente a defesa que a Igreja faz da vida dos nascituros, procura-se apresentar a sua posição como ideológica, obscurantista e conservadora; e no entanto esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano. Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio par a resolver outras dificuldades. Se cai esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno. Por si só a razão é suficiente para se reconhecer o valor inviolável de qualquer vida humana, mas, se a olhamos também a partir da fé, «toda a violação da dignidade pessoal do ser humano clama por vingança junto de Deus e torna-se ofensa ao Criador do homem».

214. E precisamente porque é uma questão que mexe com a coerência interna da nossa mensagem sobre o valor da pessoa humana, não se deve esperar que a Igreja altere a sua posição sobre esta questão. A propósito, quero ser completamente honesto. Este não é um assunto sujeito a supostas reformas ou «modernizações». Não é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana. Mas é verdade também que temos feito pouco para acompanhar adequadamente as mulheres que estão em situações muito duras, nas quais o aborto lhes aparece como uma solução rápida para as suas profundas angústias, particularmente quando a vida que cresce nelas surgiu como resultado duma violência ou num contexto de extrema pobreza. Quem pode deixar d e compreender estas situações de tamanho sofrimento?" In Papa Francisco, Evangelii Gaudium


Há algum fundamento teológico que impeça a Igreja de baptizar bebés não-nascidos? A água baptismal não pode ser derramada sobre o ventre materno?


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

mensagem do responsável-geral cessante a todos os amigos e filiados na hora de passar o testemunho

Estimados amigos,
Em Dezembro próximo realizar-se-ão eleições gerais internas no PPV e decidi não apresentar qualquer candidatura. A situação do país é a que todos conhecemos. As constantes ameaças à causa abraçada pelo PPV exigem de todos nós uma grande união mas, porventura, também uma mudança de estratégia para a qual esta minha difícil decisão deve abrir espaço.
Embora preenchendo um espaço ideológico não representado pelos outros partidos, e sendo formado por pessoas altamente motivadas para levar a sério o pensamento social cristão, o PPV não conseguiu até hoje um apoio significativo de grupos e movimentos de sociedade civil – especialmente alguns ligados à Igreja Católica e à Federação Portuguesa pela Vida - que, em princípio, comungam os mesmos ideais e – acreditámos nós – estariam disponíveis para algum tipo de colaboração no seu aprofundamento e afirmação cívica.
Em quatro anos de existência, podemos mesmo concluir que estes revelam uma clara desigualdade de tratamento entre nós e partidos “do poder” como o PSD e o CDS. Ainda que não possamos afirmar peremptoriamente que para a Igreja haja “filhos e enteados” políticos, a verdade é que nos foram fechadas portas que, pelo contrário, se mostravam escancaradas para os partidos que, embora há dois anos à frente do governo, nada de significativo fizeram para reverter a onda da “cultura da morte” herdada do consulado Sócrates. Em alguns casos, chegaram a reforçá-la, votando p. ex. ao lado dos socialistas, comunistas e bloco de esquerda a favor da adopção gay.
Parece que um tal poder continua a merecer a aprovação da Igreja Portuguesa – como se depreende das mais recentes declarações do Sr Cardeal emérito de Lisboa, D. José Policarpo, e do silêncio conformado da Conferência Episcopal. O apoio activo e “inequívoco” (sic) dado a uma petição europeia (one of us) que também apoiámos, contrasta de modo gritante com a omissão de comunhão com a petição nacional pro-referedo vida que, como é sabido, promove uma comissão muito próxima do PPV.
É verdade que em determinados momentos assumimos algumas posições de questionamento público de algumas atitudes pontuais, públicas e de carácter político de certos membros da Hierarquia, como o Sr D. José Policarpo, o Sr. D. Januário Torgal Ferreira ou o Sr. Reitor do Santuário de Fátima – P.e Cabecinhas. Teriam essas atitudes ferido algum orgulho pessoal e redundado na nossa quasi-excomunhão de facto? Ignoramos. O que temos por certo é que, nestas condições, será melhor para o PPV afastarmo-nos do seu leme e do fielGPS, permitindo a abertura de canais de entendimento sem os quais, receio bem, a causa da Vida e da família não conseguirá fazer caminho numa sociedade portuguesa cada vez mais laicizada e afastada dos valores sociais e humanos fundamentais.
Portugal, como o exército de D. Sebastião, caminha hoje ao lado do seu “rei” para o desastre completo. O Estado Social dissolve-se, o emprego fragiliza-se, a segurança de pessoas e bens desvanece-se, a Justiça agoniza, as Escolas barbarizam-se ou fecham, os Hospitais e maternidades matam!... Temos hoje esse “fraco Rei” que, nas palavras de Camões, “faz fraca a forte gente”. Por isso se torna cada vez mais insubstituível um partido como o PPV que ajudei a fundar e continuarei a servir, ajudando lealmente a nova Direcção. Exorto todos os nossos filiados e amigos a cerrar fileiras na defesa da causa comum, pedindo cada um aos dirigentes das associações e movimentos em que participe - incluindo os líderes religiosos – uma maior disponibilidade para dar as mãos ao serviço da causa do bem-comum, não apenas nas palavras mas também por actos de cidadania.
Guimarães, 8 de Novembro de 2013
Luís Botelho

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

CONVENÇÃO NACIONAL do PPV - Eleições Gerais - ADIADA PARA 4 DE JANEIRO

Caros amigos,

Conforme decidido em reunião de hoje, a Direcção Política Nacional entende ser de propor um adiamento da Convenção Nacional de Dezembro para o dia 4 de Janeiro.


[...]

Peço aos membros da mesa da Convenção, especialmente ao seu presidente Doutor José Carlos Areias, que se pronunciem sobre a alteração à convocatória que, por motivos de força, sentimos ser melhor fazer chgar aos filiados.

Melhores saudações pro-Vida,
Luís Botelho

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* CONVENÇÃO NACIONAL ADIADA PARA 4 DE JANEIRO *

Convenção Nacional do PPV


                               Convocatória
 
 
De acordo com o nº 2 do artigo 8º, a alinea b) do artº 18º, e a alinea a) do nº 2 do art.º 19º dos estatutos
do partido Portugal pro Vida, convoca-se uma sessão electiva da Convenção Nacional tendo como único ponto da
ordem de trabalhos a realização de eleições gerais para todos os órgãos directivos nacionais.

Recomenda-se a todas as listas concorrentes que apresentem igualmente um orçamento para 2014 a discutir e aprovar
na mesma sessão.

Esta Convenção Nacional deverá ter lugar na região de Lisboa, em local a anunciar, no sábado - dia 7 de Dezembro de 2013
pelas 15h00.


Se à hora marcada não existir um quorum mínimo (metade mais um), a Convenção terá início meia hora mais tarde com qualquer
número de presentes. Após uma breve apresentação do programa da lista ou listas concorrentes, proceder-se-á à eleição
por voto secreto.
 
Convida-se toda a família PPV a viver este momento de democracia interna como uma oportunidade para, num espírito de sadia
participação democrática, discutir caminhos alternativos para o nosso futuro comum - no PPV e em Portugal - sendo um dado
que o actual responsável-geral Luís Botelho informou da sua intenção de não apresentar uma recandidatura.

As listas deverão ser apresentadas até 3 dias antes das eleições, isto é, até ao final dia 4 de Dezembro - presencialmente ou por via 
electrónica, nos termos estatutariamente prescritos.
 
 
1. por email para os endereços electrónicos jcareias@med.up.pt e portugalprovida@gmail.com;
 
2. por via postal para o endereço seguinte:
     Prof. José Carlos Areias - PPV
     Rua Helena Vieira da Silva 374 E7/ -1d
     4450 - 590 Leça da Palmeira
 
Caso não exista uma lista para algum dos órgãos, poderá a Convenção Nacional decidir soberanamente sobre
a eventual admissão de listas no local ou o adiamento da respectiva eleição.
 
 
Porto, 1 de Novembro de 2013
 
O Presidente da Mesa da Convenção Nacional,
José Carlos Areias
  
        
cf. estatutos no blogue oficial do PPV