quarta-feira, 16 de maio de 2012

um de nós: eu também faço parte?




O partido «PPV - Portugal pro Vida» associa-se com alegria ao "life day 2012" e apoia esperançadamente a iniciativa europeia «Uno di noi / One of us». Esperamos recolher muitas assinaturas a favor desta causa, em paralelo com a iniciativa popular nacional que também vimos apoiando «pro referendo-Vida». Desde Guimarães, sede do PPV e Capital Europeia de Cultura 2012, temos o gosto de enviar ao «Movimento per la Vita» o cartaz com que nos associamos à interpelante iniciativa «eu também faço parte?» da Comissão Nacional pro Referendo Vida. Dirigimo-nos, assim, aos milhares de europeus que este ano visitam Portugal e Guimarães.
Direcção Política Nacional do PPV

The «PPV - Portugal pro Vida» political party is happy to endorse the "life day 2012". We also support with great and good hope the european iniciative «Uno di noi / One of us». We expect to gather many signatures for this petition, in parallel with the national referendum initiative we're currently pushing foward «pro referendo-Vida». From the city of Guimarães, so-called "nest-city", Portugal's birthplace, also PPV's headquarter and European Capital of Culture 2012, we're happy to share with the «Movimento per la Vita Italiano» our banner of the «eu também faço parte? / Am I also a part of it?» thought-provoking campaign, called by the da «Comissão Nacional pro Referendo Vida». We are thus addressing thousands of european visitors to Portugal and Guimarães.
PPV - National Political Board

Associação Portuguesa de Famílias Numerosas reclama medidas de apoio à natalidade

Lisboa, 15 mai 2012 (Ecclesia) – A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) propõe que o Dia Internacional da Família, que hoje se assinala, seja também ocasião para defender o direito à vida, num país marcado por uma “taxa de natalidade reduzidíssima”.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, aquele organismo recorda que “em cada hora, nascem em Portugal menos seis crianças do que seria necessário para garantir a renovação de gerações”
“Em vez de encarar este problema de frente, apoiando fortemente a paternidade e maternidade, o Estado Português continua a penalizá-las, tanto mais quanto maior o número de filhos, em franco contraste com o que acontece, há anos, na esmagadora maioria dos países europeus”, lamenta a APFN.
Esta questão levou os representantes daquela entidade de utilidade pública a encontrarem-se esta manhã com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Em declarações ao site da associação, o presidente Fernando Castro sublinha que a ideia da reunião não foi “pedir privilégios para as famílias numerosas mas sim equidade e justiça para todas as famílias com filhos a cargo”.
Uma questão particularmente sensível prende-se com a falta de peso que a existência de filhos parece ter, na hora de pedir contas às famílias.
“Neste momento, para o cálculo da taxa do IRS e para a isenção das taxas moderadoras, os filhos contam zero, enquanto que para o abono de família valem apenas como meia pessoa”, aponta o presidente da APFN.
Durante o referido encontro, os responsáveis da associação deram a conhecer ao chefe do Governo o livro “100 famílias, 100 razões, 10 propostas”, que reúne mensagens dos agregados que integraram uma campanha intitulada “Quem são as famílias numerosas?”.
“Somos 5, queremos ser tratados como 5”, foi o slogan mais ouvido durante a iniciativa, que decorreu entre 1 de janeiro e 9 de abril de 2012.
"Estamos cientes das dificuldades financeiras que o país atravessa, sabemos que nem todas as medidas podem avançar agora e ao mesmo tempo, mas é urgente corrigir as leis que prejudicam todas as famílias com filhos a cargo”, reforça Fernando Castro.
Aquele responsável critica ainda a falta de ativação do “visto familiar”, anunciado há um ano pelo Governo, bem como a inexistência de qualquer “programa para o seu cumprimento”.
O “visto familiar” foi idealizado para funcionar como um mecanismo de defesa dos interesses da Família, já que determina que todas as medidas do Governo não serão aprovadas em Conselho de Ministros sem uma prévia avaliação do impacto que têm sobre a vida dos agregados.
JCP

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fim do Euro preocupa. E o fim dos europeus?

 
D. Nuno Brás lamenta que os europeus se preocupem mais com a possibilidade de acabar a moeda única do que com a sua própria existência e futuro. Só assim entende que em vários países se esteja a liberalizar cada vez mais quer o aborto quer a eutanásia.

"Não deixa de ser interessante quando estamos muito aflitos que o euro vai desaparecer, ou que a União Europeia vai desaparecer, depois não ficamos nada aflitos, antes pelo contrário, fazemos estas leis e estas normas. Eu creio que aqui se vê muito bem o que é que conta para a Europa neste momento - é o dinheiro, é o ter, os valores estão completamente invertidos", refere o bispo-auxiliar de Lisboa.

Para D. Nuno Brás a Europa tem de alterar o rumo porque corre o risco de desaparecer: "Eu espero que Portugal e a Europa toda, a dada altura, ponham a mão na consciência e percebam que assim caminhamos para o desaparecimento da Europa. Agora, não me parece que seja inevitável. Espero eu, quando chegar aos 70 anos, que já existam leis que proíbam claramente a eutanásia e o aborto. Espero que sim, que a humanidade seja capaz de caminhar para uma viragem de razoabilidade. Temos de ser pessoas de esperança".

Já a jornalista Aura Miguel considerou particularmente alarmante, e um sinal evidente da decadência da Europa, o caso holandês onde a legislação desvaloriza cada vez mais a vida na sua fase final: "na Holanda, como sabem, agora é de tal maneira liberalizada a eutanásia que muitos idosos estão a fugir para lares na Alemanha porque têm medo de entrar no Hospital e matarem-nos. Andam com cartões a dizer: por favor não me matem".

A questão do aborto e da eutanásia foi levantada no debate desta quarta-feira à noite, na Renascença, a propósito da "Cimeira Global Pró-Vida" que sexta-feira e sábado vai reunir, em Lisboa, responsáveis de vários países. Portugal estará representado no encontro pela Comissão Nacional Pró-Referendo à Vida que já reuniu quase metade das 75 mil assinaturas necessárias para convocar uma consulta popular visando o "reconhecimento da inviolabilidade da vida humana, desde a concepção até à morte natural".
 
O juíz Pedro Vaz Patto, outro dos participantes no debate, admitiu que Portugal até possa vir a referendar de novo o aborto, mas para isso são necessárias algumas garantias ...  “ ... parece-me que para além de requerer o referendo é necessário que haja garantias de que o resultado não seja igual ao último, a começar pela indiferença das pessoas que levou muitos a nem sequer votar”.

“Garantir que o resultado seja diferente supõe uma mudança de mentalidade que infelizmente eu ainda não vejo na sociedade portuguesa", acrescentou.

O Juiz Vaz Patto recorreu, ainda, ao exemplo da Polónia para mostrar que não há leis irreversíveis: "Neste âmbito da legislação relativa ao aborto tem-se um bocadinho a ideia de que há uma irreversibilidade,  quando há uma alteração no sentido da liberalização não se volta atrás, mas não tem sido assim em todos os países. A Polónia, por exemplo, onde no tempo do comunismo o aborto foi banalizado ao extremo, hoje tem uma lei bastante restritiva e ainda recentemente foi feita uma proposta no sentido da proibição total do aborto que por muito pouco não foi aprovada".