sábado, 29 de março de 2008

Dia Europeu da Criança por Nascer

Dia da Criança por Nascer celebra-se dia 31 em Braga


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A Militia Sanctae Mariae (MSM) de Portugal decidiu este ano aderir à celebração do Dia Europeu da Criança por Nascer.
É costume ser celebrado no dia 25 de Março, para coincidir com a festa da Anunciação do Senhor, mas este ano, por razões litúrgicas, foi transferido para o dia 31 (próxima segunda- feira).
A adesão da MSM Portugal a esta iniciativa consiste na participação na missa celebrada às 19h00 do dia 31, na igreja da Senhora-a-Branca, em Braga, rezando-se por «todas as crianças que deveriam naturalmente crescer».
Trata-se de uma iniciativa levada a cabo por movimentos pró-vida em diferentes países, desde o ano 2000, contando com o apoio incondicional do Papa João Paulo II, que em 1995 publicou a "Evangelium Vitae" (O Evangelho da Vida). Nesta encíclica, o Papa polaco afirma que «uma grande oração pela vida, que percorra o mundo inteiro, é uma urgência ».
Em 2008, em Portugal, a Militia Sanctae Mariae (companhia regular e militante dos Cavaleiros de Santa Maria) tem como objectivos promover a santificação dos seus fiéis, servir a Igreja Católica, defender a Igreja, promover a nova evangelização, a paz e o ecumenismo, e também contribuir para a difusão, investigação e estudo dos valores cristãos na cultura, na arte e na ciência – lê-se no primeiro número de 2008 do "Miles", boletim de informação e formação da Província Portuguesa da MSM.

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Nacional | Diário do Minho| 25/03/2008 | 10:47 | 1374 Caracteres

sexta-feira, 28 de março de 2008

divórcio a pedido

Mais uma vez a realidade ultrapassa a simples conjectura. No inquérito do Portugal pro Vida sobre as possíveis próximas ofensivas da "política anti-família" não prevíramos sequer esta possibilidade, mas eis que pela mão do Bloco de Esquerda ela se tornou conhecida do grande público ontem mesmo (27.03). O divórcio unilateral, a pedido de um dos cônjuges... "quando o amor acaba", na expressão populista (de um populismo esquerda, bien entendu) de uma deputada bloquista.

Não nos iludamos com o provisório chumbo proporcionado pela abstenção do PS. A actual maioria absoluta apenas dá tempo para a conclusão/agendamento da sua proposta que, com a possível abstenção de parte do PSD, da ala conhecida por "PSD-BE", passará talvez na A.R. com ares de quase "pacto de regime".

No debate parlamentar, falou-se de "contratos". Foi dito que o casamento não é "um mero contrato". Como se o Estado português reconhecesse, na prática, ser mais do que isso... Se considerarmos a estabilidade das famílias como um bem a proteger, respeitar e, na medida possível da sua "legislacção", a promover, quase diríamos que nos contentávamos que o casamento fosse, do ponto de vista do legislador, "um mero contrato". Um contrato em que ambas as partes fossem respeitadas e que, sem justa causa, não pudesse ser quebrado - pelo menos que o não pudesse ser sem justa indemnização da parte contrária. Um contrato, enfim, como tantos outros que se fazem no mundo dos negócios materiais e cuja cessação unilateral pode implicar penalizações contratuais específicas e, na sua falta, ser contestado judicialmente à luz da lei geral.

Não se conhecem poucos casos de abandono do cônjuge ou da cônjuge pelo simples facto de este adquirir ou manifestar uma doença, violando-se assim os deveres de assistência e coabitação. Como se protegerá na Lei portuguesa o casamento de um qualquer simples impulso de egoísmo tardio? Mas para uma larga franja da nossa Assembleia da República, infelizmente, a família só parece existir como o locus da violência doméstica, certamente um mal mas não o único nem talvez o principal.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Tibete livre, Paz para o Tibete

Perante a sucessão de violências ocorridas nas últimas semanas no Tibete, a comunidade internacional (Nações Unidas incluídas) vai perdendo a face para reclamar o direito à auto-determinação dos povos, quando deixa em claro tantos anos as legítimas aspirações do Tibete. É certo que, em teoria, as causas de independência devem ser defendidas sem recurso à violência... Na verdade, porém, poucas nações a conseguiram desse modo. E quanto tempo se pode exigir à paciência de um povo?

No mínimo, tal como já aconteceu nos jogos olímpicos de Moscovo e nos de Los Angeles, seria de equacionar seriamente um boicote internacional a um momento de (quase pura) propaganda da ditadura chinesa. Não assumir com coragem o primado dos princípios no concerto dos povos, pode valer alguma simpatia comercial imediata da nova super-potência, mas poderá custar ao mundo um preço muito maior pago em Dignidade, Justiça e Paz...

Não nos digam que é impensável um tal desafio ao "sorriso amarelo". Já antes nos aconselhava certa prudência "antes vermelhos que mortos". E também houve quem lhe respondesse com razão:

Ni rouges, ni morts - libres!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Todos ao «Bella»!


Circule pelos seus amigos um email com o seguinte apelo:

Amigos,
O filme Bella, além de uma bela obra da 7ª arte, é uma portentosa afirmação do Valor e Dignidade da Vida Humana. Vamos apelar às maiores distribuidoras de cinema no sentido de as convencer a trazer o filme para o circuito português? Para isso, proponho que lhes enviemos o texto em baixo.

Aparentemente os direitos terão sido adquiridos pela Prisvideo/ecofilmes:
ecofilmes@ecofilmes.pt

Mas podemos também bater à porta da Castello Lopes:
operacoes@castellolopescinemas.com, marketing@castellolopescinemas.com

E da Lusomundo preenchendo o formulário neste sítio:
https://mail.uminho.pt/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.lusomundo.pt/lusomundo/txt_geral.php?zona=opiniao

Assunto: distribuição em Portugal do filme Bella
Mensagem:
« Ex.mºs Senhores,

Gostaria de propor a exibição em Portugal do filme Bella (https://mail.uminho.pt/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.bellamoviesite.com/) da produtora Metanoia Films.

Vencedor do «Toronto film festival», do «Heartland film festival» e nomeado para vários prémios este filme aborda uma temática muitíssimo actual (e polémica) no nosso país - a maternidade, o aborto, o amor.

É de crer , por conseguinte, que o filme despertará um grande interesse junto do público e da imprensa, tornando-se com toda a probabilidade uma boa aposta de distribuição e um êxito de bilheteira.

Atentamente,
(nome)
»

sexta-feira, 14 de março de 2008

o "precariado" manifesta-se

uma vez mais o movimento FERVE toma a iniciativa
"Fartos destes recibos verdes"

a precaridade dos jovens é também uma das causas
do "inverno demográfico" em Portugal
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SÁBADO 15 Março :: 15h :: LISBOA
( METRO Baixa Chiado/Brasileira
)

.:: A PRECARIDADE CONGELA-NOS A VIDA ::.

A Organização do MayDay 2008 apela à concentração do maior número de precári@s possível para a realização da acção PARAR A PRECARIEDADE - porque a precariedade congela a vida de muit@s de nós, nos call-centers, nas escolas, nos estágios, nos recibos-verdes, na ilegalidade sem direitos, no desemprego, nos contratos renovados de semana a semana...


Traz contigo um Pin, um Boné, um Jornal, uma T-shirt, um autocolante, uma mala, um saco, UM PAPEL! Qualquer coisa que tenha a frase que denuncie:

"A PRECARIEDADE CONGELA-NOS A VIDA"
"SOU UM TRABALHADOR PRECÁRIO"

o PPV apela à tomada de consciência

PORTUGAL PRO VIDA - PPV

Este movimento não se congrega em torno de uma ideia concreta e particular, por muito importante que a consideremos. O PPV não se apresenta à sociedade portuguesa simplesmente para consagrar o direito de objecção de consciência fiscal, para universalizar o princípio da tarifa familiar da água, para instituir o voto universal ou mesmo para revogar a actual lei do Aborto. Não nos unimos em função de uma proposta concreta, de uma pretensa “ideia fixa” e nem mesmo sequer de um qualquer caderno fechado de propostas concretas. Se assim fosse, no dia a seguir à sua aprovação em forma de Lei ou, mais tarde, à sua hipotética realização em concreto quedar-nos-íamos inertes na margem do caminho da história, sem uma Causa a defender, sem a nossa razão de existir.


O que realmente nos move é a ideia grande de um Portugal amigo da vida e o projecto de colocar a nossa acção política ao serviço da sua construção. E esta ideia grande é também um objectivo jamais alcançado plenamente e um rumo que orienta todos os nossos passos num caminho longo e cheio de Esperança.


Para isto precisamos do apoio e participação activa de muitos cidadãos, na reflexão, na construção de propostas e também na chamada aos votos. Com a nossa participação activa no poder legislativo, progressivamente ficará ainda mais clara a nossa proposta cívica – com actos, com propostas legislativas consequentes, corolários práticos dos princípios que assumimos e do compromisso de estruturar o Estado português do futuro em torno do Valor e Dignidade absoluta da Vida Humana.


Aprovadas ou não pelas maiorias circunstanciais do momento, as nossas iniciativas legislativas, coerentes com a prática interna, melhor do que quaisquer palavras explicitarão o que somos e o que nos propomos fazer. E quando maiores responsabilidades políticos nos chamarem, encontrar-nos-ão preparados para realizar o único projecto que, entretanto depurado pelo debate e parcelares aplicações, poderá abrir para os portugueses e portuguesas as portas do verdadeiro desenvolvimento humano. Os cidadãos terão entretanto compreendido já, a partir dos erros cometidos, como só a visão da “Civilização da Vida” é compatível com o ideal duma Sociedade Justa e nos oferece uma solução sustentável para a continuidade do projecto Portugal no mosaico de demo-diversidade das nações do mundo - enriquecendo-o.


Até lá...


Trabalhamos para reflectir com a sociedade e com as outras forças políticas sobre as reais consequências das leis avulsas e do conjunto de variáveis politicamente tratáveis que estão a “impedir os portugueses de ter mais filhos”, para utilizar a expressão usada pelo Presidente da República nos seus alertas;


Trabalhamos para banir o aborto da lei e da sociedade, lutando contra as suas causas sociais, laborais, culturais;


Trabalhamos para tornar a democracia portuguesa mais inclusiva, permitindo a participação política de mais cidadãos na formulação de projectos políticos positivos concretos, e

diminuindo a condicionante financeira que progressivamente tem vindo a transferir o controlo da Democracia dos cidadãos para os interesses.


Trabalhamos pela simplificação administrativa e pelo respeito pelo tempo dos cidadãos (começando pela indicação em cada formulário do tempo de preenchimento expectável), redução da burocracia, diminuição do campo de manobra da corrupção, respeito pelos direitos de consumo e por um consumo responsável, promoção do envolvimento dos cidadãos (com benefícios directos) na redução dos gases de efeito de estufa, na primeira linha dos circuitos de reciclagem (com prémios aos concelhos que mais reciclem, superando a “eterna” lógica do prémio individual)


Trabalhamos pela INCLUSÃO natal, social, cívica, geográfica e funcional.


Lutamos diariamente pela aplicação (e teste) no interior do movimento das principais soluções que viermos a propugnar para o país e para a Europa:

  • sufrágio universal das decisões políticas, sem limitação etária ou monetária;

  • Apoio concreto a instituições acreditadas pelo PPV que apoiem, no terreno, a maternidade e a vida;

  • Reconhecimento institucional da entidade “família”, em vez de “agregado familiar”; na família entram descendentes e ascendentes, reconhecendo-se não só o “crescimento em família” como também o “envelhecimento em família”.

  • Separação possível entre liderança política do movimento e liderança da participação do movimento no poder executivo; ser presidente do movimento não significa necessariamente ser candidato a ministro ou primeiro-ministro, embora tal seja possível; o que não se admite é a acumulação da função de primeiro-ministro com a de presidente do movimento

  • pontes vivas para toda a lusofonia: palop's, brasil, timor, macau, Galiza, comunidades portuguesas da diáspora; defendemos a eleição geral do presidente da CPLP (comunidade de Povos/Pessoas de língua portuguesa) e do presidente da Europa (dos cidadãos);

  • Partilha de uma quarta parte dos vencimentos dos cargos políticos desempenhados no Estado por designação do PPV;

  • Resistência à tentação burocratizante, ao “complicador”; o PPV pratica o pluralismo e a tolerância interna, prescindindo da pena de expulsão ou ex-comunicação de membros; para quaisquer ofensas graves individuais ou colectivas, existe a Justiça do Estado e os tribunais; para a divergência política e a discordância não é necessária qualquer tutela ou controlo;

  • princípio de transparência: o PPV pedirá uma declaração completa de interesses à entrada para qualquer cargo interno ou externo, nacional ou internacional, em representação do movimento; declaração donde constarão, sob compromisso de Honra, todas as associações, movimentos, lojas e sociedades, públicas ou não, laicas ou religiosas a que a pessoa pertença; sem prejuízo de outras declarações que o próprio orgão possa também exigir e sem prejuízo de o PPV não discriminar nenhuma organização, desde que compatível com os princípios basilares do movimento;

  • concretização dos princípios adoptados pela Doutrina Social da Igreja:

    • participação

    • subsidiariedade

    • procura do Bem comum: promoção de Todo o Homem e do Homem todo

    • Defesa intransigente da Vida Humana

    • Direito ao trabalho e ao justo salário

    • direito à Vida e à “qualidade de Vida”, desde a concepção até à morte natural


Previmos, escrevemos, aconteceu


Conforme escrevemos a 6 de Março, o nosso trabalho cívico contribui para que a agenda proVida/proFamília conquiste terreno nos grandes partidos.

Prossigamos o nosso caminho autónomo!

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In Público - 14.03.2008, São José Almeida


[Duas Activistas Pró-vida geram Mudanças no PSD]

PSD debate mudança de fundo nas suas propostas de políticas sociais

A exigência de novas políticas sociais, nomeadamente de incentivo à família, foi feita por Isabel Pedro e Isilda Pegado, anteontem, na sessão em que o PSD fez o balanço do Governo.

Convidadas por Luís Filipe Meneses, Isabel Pedro, que será em breve anunciada como porta-voz do partido para a família, e Isilda Pegado, que recusou ser porta-voz para áreas sociais por ser a presidente da Federação Portuguesa pela Vida, fizeram duas intervenções fortes, apontando para mudanças político-ideológicas, que deixaram perplexos os militantes.

Isabel Pedro, autarca em Carnide, professora e consultora do Instituto de Ciências da Família, apresentou a sua análise da política de família, ou, como explicou ao PÚBLICO, "a ausência de política de família em Portugal".

[...]

divórcio na hora

In SIC-vida online

«Hoje dois portugueses divorciaram-se numa hora. Em breve todo o processo de divórcio poderá ser tratado rapidamente por via electrónica, o que ainda não aconteceu.

[...]

A SIC contactou a Agência para a Modernização Administrativa e o Instituto de Registo e Notariado. Ambos os organismos se distanciaram da iniciativa, sublinhando o seu carácter privado. No entanto, de uma forma genérica, esperam e incentivam iniciativas privadas que se apoiem no actual processo de simplificação e desmaterialização da burocracia, embora neste caso específico possa ser ainda necessária alguma regulamentação dos processos.

[...]

Hoje o divórcio foi rápido, mas a verdade é que não foi ainda um verdadeiro divórcio electrónico. Em breve será possível. As conservatórias vão aceitar todo o tipo de requerimentos apenas com assinatura electrónica. Requerimentos até para casamentos, que não passam por isso a dispensar a cerimónia, marcada em função da disponibilidade.

Para já este divórcio foi na hora porque a simplificação da burocracia já o permite
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Registe-se que para o casamento não se dispensará a cerimónia. Mas, aparentemente, um divórcio passará a poder ser "despachado" através da internet a partir da casa. Outros países , como a liberal França, exigem um período de reflexão entre o pedido e a efectivação da separação, em Portugal vai ser tudo ainda mais simples do que já é, ou seja, na hora e pela internet! O caso, porém, já merecerá alguns cuidados existindo bens em comum. Com isso, o Estado preocupa-se e quer ver as coisas com calma - nada de simplex. Com o fim de um projecto familiar e de vida, o Estado não se parece preocupar, não se dá sequer ao trabalho de apreciar alguma última(?) possibilidade de apoio, através de uma assistente social. Não se fosse descobrir que aquela família se desfez por dificuldades da Vida, de algum modo relacionadas com o contexto legal ou governativo. Se é certo que o fim de uma relação pode levar mulheres a abortar; há estudos que indicam que
a inversa também pode suceder: após um aborto, parece aumentar a probabilidade de separação dos pais.

Ao lançar o inquérito sobre "o próximo passo anti-Cultura da Vida" em portugalprovida.blogspot.com, não considerámos esta possibilidade do "divórcio na hora". A realidade
ultrapassou mais uma vez o pensamento. A sanha anti-família do tempo que vivemos acaba por ultrapassar qualquer conjectura. Se lermos com atenção a reportagem, encontramos aí toda a técnica de geração de anuência seguida em outras ofensivas como o aborto e a eutanásia.

- Começamos por ser confrontados com "casos consensuais" aos quais um certo "senso comum" dê facilmente a sua aprovação displicente; neste caso, foi um casal com casamento supostamente precoce, e há muito separado de facto, sem filhos nem bens em comum.

- Depois apresentam a reforma como " a solução" com uma série de vantagens adicionais muito interessantes (fringe benefits): tempo poupado, custos reduzidos, problemas evitados;

- Entrando na rotina, o novo paradigma pode enfim dar cobertura a todos os abusos que, na fase inicial, se teve o cuidado de omitir;

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Fiel ao espírito "simplex", igual a si mesmo, este governo continua a demonstrar que a sua prioridade está na facilitação do fim das famílias portuguesas e não está no difícil apoio às que lutam para se manter unidas.

Esta é apenas mais uma dimensão de uma orientação política desfavorável à Vida, à maternidade e à família; e é enfim uma prova mais de que um novo rumo se impõe, sob pena de a prazo estar posta em causa a sustentabilidade da sociedade portuguesa, tal como a conhecemos.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Portugal é diferente...?

(apelo que nos chega do movimento Mais Vida Mais Família)

A Espanha é diferente?...

Dentro de poucos dias, precisamente no dia 9 do mês de Março, Espanha vai de novo a votos.

Os seus Bispos,numa Nota (30.01.2008) que merece leitura integral,recordam as palavras do Papa:

«É necessário enfrentar, com determinação e clareza de intenções, o risco de opções políticas e legislativas que contradizem valores fundamentais e princípios antropológicos e éticos radicados na natureza do ser humano, de modo particular no que se refere à tutela da vida humana em todas as suas fases, desde a concepção até à morte natural, e à promoção da família fundada no matrimónio, evitando introduzir no ordenamento público outras formas de união que contribuiriam para a destabilizar, obscurecendo o seu carácter peculiar e o seu papel social insubstituível.» (Verona, 19.10.2006.)

Sentem ainda necessidade de apelar:
a que seja respeitado o direito dos pais a educar os seus filhos de acordo com as suas convicções religiosas e morais;
a que a própria Igreja seja respeitada e lhe seja reconhecido o direito a evangelizar na vida pública, a propor livremente à comunidade a sua visão das coisas.

Qualquer observador atento sabe como,

Especialmente nos últimos tempos,e especialmente aqui ao nosso lado, em Espanha, têm sido violentamente atacadas a Vida humana, a Família, a Liberdade, a Igreja.

Até 9 de Março, recordemos diariamente a Igreja de Espanha e rezemos por todo o povo espanhol, para que saiba escolher.

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Nota final:

No confronto entre os líderes dos dois maiores partidos espanhois, Zapatero e Rajoy, assistimos a uma parte do primeiro debate e ao segundo debate na íntegra. Nem uma palavra sobre alguns dos mais importantes temas da agenda da Vida: apenas uma alusão à "liberdade de ensino", a subsídios e mais subsíbios (las becas) e, é claro, o estribilho genérico (invocado por ambos) a favor "de las familias espanholas" sem a correspondente substância e conteúdo.

Não transpareceu qualquer vontade firme de revogar a lei do aborto ou o casamento homossexual.

Espanha vai mal. E Portugal, se nada fizer, segue-lhe o trilho...

Portugal pro Vida

um só deputado pro Vida pode fazer toda a diferença

Um único deputado «Portugal pro Vida» pode fazer toda a diferença e levar algum dos grandes partidos a adoptar uma agenda e uma política favorável à Vida.

Basta atentar na influência real do Bloco de Esquerda na determinação da agenda pró-Aborto ao longo da última década: muito superior à sua real dimensão eleitoral e parlamentar!

terça-feira, 4 de março de 2008

o cristão não pode cansar-se, especialmente na política

Discípulo de Cristo não pode cansar-se, especialmente no âmbito político, diz arcebispoDom Walmor Oliveira de Azevedo afirma que discípulo atua como cidadão

Por Alexandre Ribeiro

BELO HORIZONTE, segunda-feira, 3 de março de 2008 (ZENIT.org).- O discípulo de Jesus é cidadão, sendo assim, não pode cansar-se na luta pelo bem e a justiça, especialmente no âmbito político, afirma o arcebispo de Belo Horizonte.

Em artigo enviado à Zenit sexta-feira passada, Dom Walmor Oliveira de Azevedo afirma que «é inadmissível que um discípulo de Jesus Cristo, justificando cansaço, desista da labuta em prol do bem, particularmente no mundo da política e nas instâncias que influenciam a organização e funcionamentos da sociedade».

Segundo o arcebispo, «cansaço e desilusões existem», mas o discípulo «não pode desistir». «Este é seu sacrifício também, inspirado na oferta radical que o seu mestre e Senhor, Cristo Jesus, faz de si para salvar a humanidade», completa.

Dom Walmor considera que a razão para a labuta pelo bem «não é um simples gosto pessoal ou a conveniência das circunstâncias. A fonte que justifica é a pessoa de Cristo na força do seu sacrifício único e insubstituível».

O prelado explica também que, como cidadão, o discípulo tem como horizonte para sua cidadania, além dos valores comuns que a definem no âmbito da sociedade, o Evangelho da Vida.

«Não se pode fugir dos confrontos e do compromisso com a vida. Sua promoção e defesa dependem visceralmente da prática política. Esta prática política tem que ser iluminada pela fé professada e vivida pelo discípulo.»

«O discípulo cidadão tem, por compromisso de fidelidade, uma cidadania qualificada. Este cansaço, um refrão na boca de muitos, tem no seu reverso as exigências prementes deste momento grave da história da humanidade», afirma.

Dom Walmor cita o Documento de Aparecida (387), para enfatizar que ‘a cultura actual tende a propor estilos de ser e viver contrários à natureza e dignidade do ser humano. O impacto dominante dos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efémero se transformou, acima do valor da pessoa, em norma máxima de funcionamento e em critério decisivo na organização social’.

Sendo assim, cabe ao discípulo de Jesus participar da desmontagem destas engrenagens que comprometem a vida, o sentido e finalidade da sociedade.

«É incontestável, pois, que nenhum discípulo pode cansar-se ou desinteressar-se desta sua tarefa política, isto é a construção de uma sociedade justa e solidária.»

Ainda que cansado -- considera o arcebispo --, «embora caindo aos pedaços, seu compromisso de fé inclui sempre o empenho por uma ordem social e política justa».

«O discípulo, na missão da Igreja, é chamado a servir a formação da consciência na política, trabalhando para que se cumpram às exigências da justiça, com disponibilidade para agir com base nas mesmas. A sociedade justa é tarefa da política. Nesta sociedade, o discípulo de Jesus é cidadão», destaca.