sábado, 13 de outubro de 2012

COMUNICADO - A democracia custa. Mais a uns do que a outros.

* COMUNICADO *


Face à última controvérsia sobre o aluguer de automóveis pelo grupo parlamentar do PS, pagos pelos Portugueses, o PPV gostaria de salientar alguns pontos fundamentais.

1.      Da BMW, Carlos Zorrinho passou para a AUDI e para a Volkswagen. Compreenderá o líder parlamentar do PS que o gesto aparentemente altruísta corresponde a mais uma vigorosa bofetada na cara a quem vive na miséria ou a roçar o limiar da miséria, como acontece com tantos dos nossos compatriotas. Uns escolhem entre gastar dinheiro na farmácia ou no supermercado, outros escolhem entre os automóveis topos de gama.

2.      Carlos Zorrinho afirmou, por outras palavras, que o custo dos carros do grupo parlamentar do PS são custos inerentes à democracia. Cientes disso, os portugueses esperam que os políticos gastem na aquisição de automóveis (ou no aluguer… ) o estritamente necessário. Afinal, não é assim que a maior parte dos portugueses vive? Gastando cuidadosamente os seus magros rendimentos?

3.      A qualidade de uma democracia não se mede pela aparência dos veículos. Que o diga a classe política do Norte da Europa, que não receia movimentar-se entre o povo, utilizando os transportes públicos. Essencialmente, porque sabem que o povo lhes pede rigorosas contas sobre a forma como gastam o dinheiro dos impostos;

4.      Querendo contribuir para a qualidade e para a redução de custos da democracia portuguesa, sugere o PPV que os automóveis em causa sejam devolvidos e que os deputados recorram a veículos de menor cilindrada, que utilizem o GPL como combustível. Qualquer pesquisa na Internet revelará vários veículos que utilizam sistemas bi-fuel, que alternam gasolina com GPL. A opção reduzirá custos de aquisição e de utilização.

:. Claro que talvez obriguem os senhores deputados a viajar mais apertados. Mas será um aperto solidário com o aperto que os portugueses hoje sentem no estômago.


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Uma nota adicional sobre o processo de substituição do PGR. O PPV felicita a Meritíssima Drª Joana Marques Vidal pela sua nomeação como PGR e formula publicamente um voto de que, apoiada num Ministério Público isento, independente e diligente, a nova responsável realize plenamente as expectativas que uma sociedade sedenta de justiça nela deposita. Em 11 de Fevereiro de 2010, na sequência da condução do processo «face oculta», o PPV anunciou publicamente que deixava de reconhecer o Senhor Procurador Geral. Dois anos e meio volvidos, é-nos particularmente grato registar a normalização institucional que, para o PPV, esta nomeação representa e manifestar a nossa confiança na Procuradora-Geral da República, hoje mesmo empossada. Confiamos que a experiência da Drª Joana Marques Vidal no domínio dos Direitos Humanos e no Apoio à Vítima, não deixará de se revelar muito útil aos portugueses, há demasiado tempo e ainda hoje vítimas de más governações e atropelos aos mais elementares Direitos Humanos - começando pelo direito à Vida, independentemente da idade.

PPV - Direcção Política Nacional
Guimarães, 12 de Outubro de 2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Adopção por homossexuais, não!

in revista CAIS, Outubro de 2012
 
Um dos últimos temas que foi lançado sem prévia discussão pública, nomeadamente durante a campanha eleitoral para as Legislativas de Junho de 2011, e que pelo seu teor ético-religioso, é um tema fracturante, foi a adopção de crianças por homossexuais. 

Este assunto, à semelhança de outros, deve ser abordado do ponto de vista ético-moral, do ponto de vista psico-afectivo e do ponto de vista legislativo, o qual se deve subordinar àquele, sob pena de se legislar em função de quem tem mais poder/força, perdendo-se o sentido de Justiça que deve animar toda e qualquer Legislação, a fim de proteger, sempre, os interesses dos mais fracos, daqueles que em muitos casos não se podem defender.

A questão da adopção de crianças por pessoas homossexuais relaciona-se de algum modo com a muito discutida possibilidade de adopção de crianças por pares homossexuais a qual, como é sabido, ficou expressamente proibida pelo próprio governo Sócrates. Para o PPV, tanto uma como a outra devem ficar subordinadas ao que habitualmente se designa por "superior interesse da criança". Sendo assim, o sujeito da questão deve ser a criança a ser adoptada e não o adulto ou adultos homossexuais.

Do ponto de vista legislativo, tudo é possível, como é o caso do aborto, cuja legalização, no entender do Portugal pro Vida (e de todo aquele que defende os Direitos Humano na praxis diária, pois o direito à Vida é o primeiro, e sem o qual os outros não fazem sentido), foi dar o direito sem restrições, de tirar a Vida a um Ser Humano..., porque sim. No caso da adopção, consideramos que foi descurada a defesa dos interesses da criança, na medida em que não é o mesmo ser criado por um homem e uma mulher (pai e mãe), ou ser criado por dois ou por duas.

Do ponto de vista psico-afectivo, como já está demonstrado pela prática noutros países, a criança tende a crescer com os sentimentos e os afectos confusos, sentindo a falta de uma relação com o elemento (homem ou mulher) em falta, o que poderá ocasionar um adulto com diversos problemas do foro psíquico, que não raras vezes, termina com o seu suicídio. De referir que irá notar que os seus colegas têm um pai e uma mãe, mesmo que não vivam simultâneamente com os dois, o que já é um drama actual
Do ponto de vista ético-moral, dado que o Portugal pro-Vida nos seus Princípios, se identifica com a Doutrina Social da Igreja e sabendo-se qual a sua posição sobre este assunto, também é contra. A Moral contém um conjunto de princípios que visam a defesa da Dignidade do Ser Humano, não só no material, mas também no plano psíquico e afectivo, embora as Religiões acrescentem a defesa da Alma, para que esta tenha uma Vida Eterna junto de Deus. Ora este comportamento põe em causa o saudável crescimento da criança ao nível da Moral, que condiciona o crescimento nos outros níveis.

Em face do exposto e da evolução que as sociedades ditas civilizadas têm tido, onde o Ser Humano cada vez mais não passa de um número e as experiências que não têm em conta a Moral, têm originado mais conflitos sociais (e mais graves), consideramos que este é mais um a juntar aos flagelos do divórcio e do aborto (entre outros). 
 
Vale a pena aumentar mais a instabilidade social? -Acreditamos que não! 

Portugal pro Vida, 7 de Setembro de 2012