quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Adopção por homossexuais, não!

in revista CAIS, Outubro de 2012
 
Um dos últimos temas que foi lançado sem prévia discussão pública, nomeadamente durante a campanha eleitoral para as Legislativas de Junho de 2011, e que pelo seu teor ético-religioso, é um tema fracturante, foi a adopção de crianças por homossexuais. 

Este assunto, à semelhança de outros, deve ser abordado do ponto de vista ético-moral, do ponto de vista psico-afectivo e do ponto de vista legislativo, o qual se deve subordinar àquele, sob pena de se legislar em função de quem tem mais poder/força, perdendo-se o sentido de Justiça que deve animar toda e qualquer Legislação, a fim de proteger, sempre, os interesses dos mais fracos, daqueles que em muitos casos não se podem defender.

A questão da adopção de crianças por pessoas homossexuais relaciona-se de algum modo com a muito discutida possibilidade de adopção de crianças por pares homossexuais a qual, como é sabido, ficou expressamente proibida pelo próprio governo Sócrates. Para o PPV, tanto uma como a outra devem ficar subordinadas ao que habitualmente se designa por "superior interesse da criança". Sendo assim, o sujeito da questão deve ser a criança a ser adoptada e não o adulto ou adultos homossexuais.

Do ponto de vista legislativo, tudo é possível, como é o caso do aborto, cuja legalização, no entender do Portugal pro Vida (e de todo aquele que defende os Direitos Humano na praxis diária, pois o direito à Vida é o primeiro, e sem o qual os outros não fazem sentido), foi dar o direito sem restrições, de tirar a Vida a um Ser Humano..., porque sim. No caso da adopção, consideramos que foi descurada a defesa dos interesses da criança, na medida em que não é o mesmo ser criado por um homem e uma mulher (pai e mãe), ou ser criado por dois ou por duas.

Do ponto de vista psico-afectivo, como já está demonstrado pela prática noutros países, a criança tende a crescer com os sentimentos e os afectos confusos, sentindo a falta de uma relação com o elemento (homem ou mulher) em falta, o que poderá ocasionar um adulto com diversos problemas do foro psíquico, que não raras vezes, termina com o seu suicídio. De referir que irá notar que os seus colegas têm um pai e uma mãe, mesmo que não vivam simultâneamente com os dois, o que já é um drama actual
Do ponto de vista ético-moral, dado que o Portugal pro-Vida nos seus Princípios, se identifica com a Doutrina Social da Igreja e sabendo-se qual a sua posição sobre este assunto, também é contra. A Moral contém um conjunto de princípios que visam a defesa da Dignidade do Ser Humano, não só no material, mas também no plano psíquico e afectivo, embora as Religiões acrescentem a defesa da Alma, para que esta tenha uma Vida Eterna junto de Deus. Ora este comportamento põe em causa o saudável crescimento da criança ao nível da Moral, que condiciona o crescimento nos outros níveis.

Em face do exposto e da evolução que as sociedades ditas civilizadas têm tido, onde o Ser Humano cada vez mais não passa de um número e as experiências que não têm em conta a Moral, têm originado mais conflitos sociais (e mais graves), consideramos que este é mais um a juntar aos flagelos do divórcio e do aborto (entre outros). 
 
Vale a pena aumentar mais a instabilidade social? -Acreditamos que não! 

Portugal pro Vida, 7 de Setembro de 2012