sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mais de 13 milhões de abortos por ano... só na China

http://edition.cnn.com/2009/WORLD/asiapcf/07/30/china.abortions.millions/index.html

Mais do que toda a população portuguesa...

cristãos evangélicos contra o aborto: 10 razões

1. O ABORTO É CONTRA A VIDA
A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma que “todo o indivíduo tem direito à vida” (artigo 3.º). Também a Constituição da República Portuguesa declara que “a vida humana é inviolável” (artigo 24.º).

De acordo com a ciência, a vida humana tem início com a fecundação, resultante da união de um espermatozóide masculino com um óvulo feminino. Cada uma das células sexuais transporta metade da informação genética do progenitor, de modo que a célula resultante da fertilização, denominada ovo ou zigoto, recebe toda a informação genética necessária para orientar o desenvolvimento do novo ser humano.

O aborto provocado, independentemente do momento em que é realizado, acarreta sempre a destruição de uma vida humana, a quem é negada a continuação do seu desenvolvimento, impedindo-se o seu nascimento e a expressão do seu potencial como criança e adulto. Assim, qualquer referendo ou decreto-lei que legitime a morte de um ser humano indefeso, designadamente a despenalização do aborto, sem qualquer indicação médica que o justifique, é um atentado claro contra a vida humana, e viola a própria constituição portuguesa e os direitos fundamentais do ser humano, expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

2. O ABORTO É CONTRA A MULHER

Sejam quais forem os motivos que a originam, alguns permitidos por lei, qualquer interrupção da gravidez é uma agressão para a saúde física, mental e emocional da mulher. Sabe-se actualmente que qualquer mulher que aborta voluntariamente, mesmo nas melhores condições de assistência médica, tem um risco acrescido de lesões do aparelho genital, infertilidade, abortamentos espontâneos posteriores, prematuridade em gravidezes ulteriores, entre outros. Mais difíceis de quantificar, mas não menos importantes, são as consequências ao nível da saúde mental, nomeadamente depressão, sentimentos de culpa, sentimentos de perda, abuso de substâncias tóxicas e mesmo suicídio. O Colégio da Especialidade de Psiquiatria do Reino Unido (Royal College of Psychiatrists) chamou a atenção, já em 1992, para uma das consequências da liberalização do aborto nesse país: “Ainda que a maioria dos abortos seja realizada com base no risco para a saúde mental da mulher, não há justificação de natureza psiquiátrica para o aborto. [Pelo contrário], coloca as mulheres em risco de sofrerem perturbações psiquiátricas, sem resolver qualquer problema dessa natureza já existente”.

Por outro lado, a despenalização total do aborto, ainda que nas dez primeiras semanas de gravidez, em vez de valorizar a vontade da mãe da criança pode expô-la a pressões por parte de familiares, do pai da criança, da entidade patronal ou mesmo de profissionais de saúde (p.e. por um alegado risco de malformações no feto, que muitas vezes não se verifica), no sentido de interromper a gravidez, mesmo contra a sua vontade. Quanto mais permissiva for a lei, maior é a probabilidade destas situações ocorrerem.

3. O ABORTO É CONTRA O HOMEM

O aborto não pode reduzir-se a um acto que apenas envolve a mulher que o pratica. Há pelo menos mais dois elementos fundamentais em todo o processo: o pai da criança e obviamente o nascituro.

Ao valorizar-se a vontade da mulher de prosseguir ou não com a gravidez, remete-se para segundo plano ou ignora-se por completo a vontade do homem, co-responsável pela concepção e paternidade. Desse modo, desvaloriza-se a sua participação no processo procriativo. Ainda que muitas vezes o elemento masculino do casal não assuma a sua responsabilidade na família, através da despenalização e promoção do aborto livre, descartam-se completamente os deveres do pai da criança.

Sabe-se também, actualmente, que os homens podem sofrer de depressão pós-aborto, especialmente quando tal acto é realizado sem o seu conhecimento e autorização.

4. O ABORTO É CONTRA A CRIANÇA

Já no célebre Juramento Hipocrático (IV a. C.), ao qual os médicos têm procurado obedecer ao longo dos séculos, é expressamente referido: “não fornecerei às mulheres meios de impedir a concepção ou o desenvolvimento da criança”. Condenamos assim, veementemente, a tese de que “as mulheres têm direito ao seu corpo”, na medida em que esse suposto direito colide com princípios que consideramos absolutos, como o direito à vida do nascituro, que apresenta identidade genética própria, distinta dos progenitores.

Nos países que despenalizaram o aborto, os seres humanos correm maior risco de terem uma morte violenta nos primeiros nove meses da sua existência do que em qualquer outro período da sua vida. O útero materno, que deveria ser o lugar supremo de protecção da vida humana tornou-se assim tragicamente, nas últimas décadas, num dos locais mais perigosos. Além disso, sabe-se que muitas crianças, quando descobrem que a sua mãe fez um aborto, numa outra gravidez, desenvolvem perturbações mentais que podem requerer apoio psicológico ou psiquiátrico.

5. O ABORTO É CONTRA A FAMÍLIA

Os filhos são uma parte integrante e significativa de cada família, considerada um dos pilares fundamentais das sociedades civilizadas. A ênfase dada à autonomia da mulher sobre a sua gravidez prejudica o relacionamento conjugal e familiar. Aliás, sabe-se que mais de 80% dos abortos provocados resultam de relações sexuais promíscuas extra-conjugais.

Sabe-se também que uma percentagem significativa de gravidezes não planeadas e mesmo não desejadas, se não forem interrompidas, levam invariavelmente ao nascimento de crianças que acabam por ser extremamente apreciadas e amadas pelos seus pais.

Por outro lado, ao impedir-se o nascimento de crianças através do aborto está-se a contribuir para o grave problema demográfico resultante da diminuição acentuada da taxa de natalidade, em muitos países ocidentais. O mesmo se verifica actualmente em Portugal, o que acarretará consequências nefastas a nível económico e social.

6. O ABORTO É CONTRA A CONSCIÊNCIA

É um facto incontestável que ao longo da história da humanidade, por influência do cristianismo, o aborto era considerado um crime, passível de punição. Contudo, nas últimas décadas, tem-se assistido a uma tendência no sentido da desvalorização da vida humana.

A nível individual, é indiscutível a sensação de culpa que a realização de um aborto acarreta, tanto à mulher que a ele recorre como à pessoa que o pratica. Tal facto deve-se à consciência que cada ser humano possui, e que o ajuda na tomada de decisões morais. Como afirma um provérbio francês, “não há travesseiro mais macio do que uma consciência limpa”.

7. O ABORTO É CONTRA A DIGNIDADE HUMANA

A tradição moral judaico-cristã sempre se preocupou com a defesa dos mais fracos e vulneráveis, como é o caso das crianças, dos órfãos, dos idosos e das viúvas. O aborto nunca é uma solução dignificante, nem para quem o pratica, nem para a mulher que a ele se submete, e muito menos para a criança inocente.

Concordamos com o relatório-parecer sobre a experimentação no embrião, do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (1996) que afirma que “a vida humana merece respeito, qualquer que seja o seu estádio ou fase, devido à sua dignidade essencial”. O próprio facto do Senhor Jesus ter passado por todas as fases do desenvolvimento embrionário e fetal, valoriza e dignifica essas etapas da vida pré-natal.

É também um facto indiscutível que o número de abortos aumentou, por vezes exponencialmente, em todos os países que despenalizaram a sua prática.

8. O ABORTO É CONTRA O DIREITO À DIFERENÇA

Em muitos países ocidentais, a liberalização do abortamento provocado tem impedido o nascimento de crianças com anomalias cromossómicas, das quais a trissomia 21 (síndrome de Down) é a mais frequente, bem como com malformações congénitas perfeitamente compatíveis com a vida, e muitas delas com correcção cirúrgica pós-natal, como é o caso do lábio leporino ou do pé boto. Situações mais graves e complexas, como certas malformações cardíacas, podem também ser tratadas cirurgicamente, por vezes mesmo antes do nascimento.

O abortamento destas crianças contribui para uma desvalorização e discriminação de pessoas com deficiências sensorias, motoras e/ou cognitivas, que vivem vidas adaptadas e felizes, apesar das limitações.

9. O ABORTO É CONTRA A ÉTICA

O aborto, o infanticídio, o suicídio e mesmo a eutanásia eram relativamente comuns e socialmente aceites no mundo antigo greco-romano. O abortamento provocado ocasionava, geralmente, a morte da mãe. No século IV a.C. Hipócrates de Cós, com o seu Juramento, impõe uma ruptura com a cultura da morte que prevalecia nessa época. Mais tarde, após a humanização do Direito, por influência do Cristianismo, o aborto passou a ser considerado um crime no mundo ocidental. Deste modo, a norma ética, ao longo dos séculos, tem sido a defesa da vida humana desde a concepção. O aborto induzido é, assim, contra a ética, pois colide com o princípio fundamental da inviolabilidade da vida humana.

Nos raríssimos casos-limite em que a continuação da gravidez põe em risco a vida da mãe, o aborto poderá ser a única forma de salvar a sua vida, o que a actual lei já prevê.

10. O ABORTO É CONTRA DEUS

Para além de todas as razões atrás mencionadas, consideramos que o aborto é uma clara violação da vontade de Deus, revelada nas Escrituras Sagradas. O quinto mandamento declara precisamente: “não matarás” (Êxodo 20:13).

Encontramos na Bíblia a revelação inequívoca de que Deus valoriza a vida humana desde a concepção e que está envolvido no processo procriativo, como p.e. no texto seguinte, da autoria do rei David (Salmo 139: 13-16):

”Foste tu que formaste todo o meu ser; formaste-me no ventre de minha mãe (...) Conheces intimamente o meu ser. Quando os meus ossos estavam a ser formados, sem que ninguém o pudesse ver; quando eu me desenvolvia em segredo, nada disso te escapava. Tu viste-me antes de eu estar formado. Tudo isso estava escrito no teu livro; tinhas assinalado todos os dias da minha vida, antes de qualquer deles existir”.

Dr. Jorge Cruz

Presidente da Direcção da Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Hoje no Tribunal Constitucional...

O P.P.V. entregou a lista dos seus órgãos nacionais recentemente eleitos e conclui assim a série de formalidades que lhe permite enfim tornar-se no último, no mais recente partido português.

E há últimos que serão os primeiros!

Verifique lista de partidos reconhecidos no sítio online do Tribunal Constitucional:

http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/partidos.html


PARABÉNS A TODOS OS NOSSOS AMIGOS, COLABORADORES E APOIANTES!

Há hoje um voto que pode literalmente "salvar vidas"...

Para os cristãos ou não, há um voto que propõe a doutrina social da Igreja como referencial de acção política, a favor da Vida, a favor da Família, a favor dos mais pobres de todos os pobres!

Hoje no parlamento...

A nossa petição foi discutida pelos vários grupos parlamentares e assistimos em silêncio forçado a uma repetição de inverdades, algumas do tempo do referendo outras mais recentes. A mais grave das quais a de que teríamos tratado por "criminosos" os Sr.s deputados. Se assim fossse, não deveria o Parlamento lavar a sua honra processando os autores de tal "dislate"?
Porque não o fez nem faz? Porque quem assim fala sabe o que leu na nossa carta de lavantamento da petição e foi o seguinte "oportunismo criminoso". Não é criminosa a pessoa mas a atitude de oportunismo diante do resultado de um referendo que não era vinculativo e serviu de pretexto voluntário mas não necessário para uma lei contingente.

Uma lei que foi redigida como foi podendo muito bem tê-lo sido de outra maneira mais equilibrada (como pedia o Sr. Presidente da República), menos sanguinária, menos favorável à prática do que, como demonstra o Prof. Pedro Pais de Vansconcelos [1], continua a ser um ilícito (à at. do Sr. Deputado porta-voz do PSD no debate desta manhã...), segue sendo um crime - apenas um "crime não punível". É isto que os Sr.s deputados aprovaram e hoje temos no código penal. O resto é retórica parlamentar. E disso tivemos hoje bastante no parlamento. Felizmente não de todos...

[1] «A posição jurídica do pai na interrupção voluntária da gravidez», Prof. Pedro Pais de Vasconcelos, Estudos em honra do Professor Doutor José de Olivera Ascensão, vol.1, Almedina - 2008, pp. 156

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Necessidade de suspensão imediata para reavaliação da Lei do aborto - petição nº 551/X/4ª

Ex.m@ Sr.(ª) Deputad@,

Com primeiro subscritor da petição nº 551/X/4ª, procurando interpretar a vontade dos 5.149 cidadãos que a assinaram, gostaria de explicitar melhor diversos pontos, alguns dos quais poderão ter dado ocasião a equívocos no relatório da Sr.ª Deputada Helena Terra da comissão de assuntos constitucionais (C.A.C.D.L.G. ):

1. Afirmámos que a Lei transformou o aborto num método contraceptivo de facto, com base - entre outras reportadas
na imprensa - nas declarações do Sr. Dr. José Manuel Furtado[1], director do serviço de obstetrícia do Hospital N. Sra da Oliveira em Guimarães; o qual posteriormente denunciou também o facilitismo que esta Lei vem propiciando [2]. O próprio Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Pedro Nunes, afirmou que - fruto da redacção dada à Lei, fazendo pouco caso de recomendações contidas na mensagem do Sr. Presidente da República ao Parlamento - a banalização do aborto era previsível [3];

2. A preocupação com as possibilidades que a presente Lei abre ao «eugenismo liberal» partilhamo-la com Gomes Canotilho que entrevistado pela Rádio Renascença [4,5] em 01.07.08 citava, por sua vez, o pensamento e alertas do filósofo alemão Habermas [6]. São anunciados comercialmente testes que determinam com segurança o sexo do feto às 8 semanas da gestação...

3. Ouçamos o Prof. Pedro Pais de Vasconcelos[7]: «O artigo 140.º do Código Penal qualifica "expressis verbis" como crime a interrupção da gravidez, com ou sem o consentimento da mãe». Na pág. 157 do mesmo artigo, afirma ainda o mesmo autor: «O artigo 142.º, do Código Penal, no seu n.º 1, limita-se a excluir a punibilidade do crime, mas não a sua ilicitude, quando cometido nas circunstâncias nele previstas». Tratando-se portanto de um crime, embora não punível, quem o pratica, legitima ou organiza há-de com toda a propriedade poder ser designado de "criminoso", porque autor moral ou material do mesmo crime. Os deputados são aqui duplamente responsáveis porque não só aprovam eles próprios o Código Penal, como - após tê-lo conscientemente definido como crime - autorizaram a prática do aborto em hospitais públicos com meios humanos e materiais públicos e ainda em clínicas privadas com dinheiro dos contribuintes, muito dos quais com sérias objecções de consciência a uma tal colaboração com uma Lei intrinsecamente perversa [10].

4. Se um Estado organiza a prática reiterada de um "crime", ao mesmo crime não se haverá de chamar "Crime de Estado"? E se o crime é perpetrado contra um feto humano com 10 semanas, dotado de todas as características genéticas da espécie humana, não será isto um "crime contra a Humanidade" como também escrevemos? Não será uma política governamental de "aborto a pedido" - como é de facto a portuguesa - uma omissão grave do dever de solidariedade e assistência a indivíduos únicos e irrepetíveis da mesma espécie que nós próprios? Não será o aborto organizado pelo Estado, enfim, o último estádio da negação do essencial da Dignidade Humana a um "outro que não eu", a um "outro ontologicamente como eu"?

5. Porquê 10 semanas? À luz da razão e da ciência, o que há num feto de 11 semanas que falte num feto de 10 semanas? A existir, será isso suficiente para justificar que para o primeiro valha o art.º 24º da Constituição da República Portuguesa e para o segundo valha a "lei do mais forte", nesse caso a mãe e os profissionais do aborto?

6. Na sequência da aprovação da Lei do aborto, a Ordem dos Médicos foi pressionada para alterar do seu Código Deontológico;
em 2008, apenas, 244 mulheres [9] abortaram mais do que uma vez; o aborto clandestino está longe de ser erradicado; o número de abortos tem vindo a aumentar de forma dramática tendo-se passado em dois anos de uma estimativa credível de 8.000 abortos clandestinos por ano, para uns 22.000 abortos por ano, dos quais 18.000 "legais". Quantos mais bebés nascituros terão de morrer ainda para se alterar esta lei iníqua do aborto? Não pesam estas pobres vítimas na consciência dos senhores deputados em geral, ou em especial na dos 21 deputados do PSD que deram a sua aprovação à Lei do Aborto contra a vontade da maioria da sua base de apoio eleitoral? Dois anos de aplicação desta Lei não serão suficientes para concluir pelo rotundo fracasso dos seus objectivos expressos? Ou teremos de concluir que os objectivos expressos não coincidiam com os objectivos reais?

7. Perante a banalização do aborto e o consequente incremento dos "abortos repetidos", o Sr. Director dos Serviços de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria muito recentemente propôs [8] que o segundo aborto fosse «a pagar». A considerar seriamente uma tal proposta, espera-se que os S.rs Deputados reflictam igualmente sobre o "primeiro aborto": se se considera que o "segundo aborto" é um acto ilegítimo ou abusivo, a carecer de responsabilização da mãe - exigindo-se-lhe então um pagamento - porque razão justa haveria o primeiro aborto de ser considerado sempre um acto legítimo, tendo bem presente que:
- apenas em 15,84% dos casos a mãe se encontra na situação de desempregada (podendo estar empregado o pai) e não mais de 15,48% das mães são estudantes;
- 77% das mães têm mais de 20 anos, e apenas 0,54% são menores de 15 anos! (vale afinal 0,54% o "mito" do aborto para "eliminar" a gravidez na adolescência)
- 49,5% das mães que pedem para abortar concluíram cursos do ensino superior ou secundário!


Concluindo:

Expusemos alguns aspectos, a nosso ver dignos de merecer a vossa ponderação no debate que está prestes a realizar-se e que nós e milhões de portugueses seguiremos com a maior atenção. Todos queremos perceber quem é que, no Parlamento, está realmente do lado da Vida e das gerações futuras que terão de arcar sozinhas com o fardo do inverno demográfico, agravado por medidas políticas anti-Família como as do aborto a pedido, divórcio a pedido, (des)educação sexual nas escolas, precarização profissional dos jovens pais e penalização dos pais casados e viúvos em sede de IRS.

Esperamos ter demonstrado que as principais senão todas as expressões que utilizámos nos diferentes momentos em que nos dirigimos à Assembleia da República - e terão ferido algumas sensibilidades -assentavam sobre factos reais ou sobre posições devidamente fundamentadas de autoridades nos diversos tópicos abordados.

Admitamos que o nosso tom "acalorado" possa ser considerado excessivo para quem, ao contrário de nós, não considere haver aqui uma questão «de Vida ou de morte». Isso não constituiria, a nosso ver, razão suficiente para que o
relatório concluísse com a sugestão - em nosso entender anti-democrática - de que, futuramente, algumas petições venham a não ser admitidas pela A.R. em virtude do seu "tom". Ou existirá um reportório de eufemismos politicamente correctos que alguém porventura pretende forçar-nos a adoptar também nós?
Senhores deputados, apelamos a todas as bancadas onde se sente um verdadeiro democrata para que não acolham uma tal recomendação que, a verificar-se, outro efeito não teria do que deixar a cidadania do lado de fora do Parlamento e, por acréscimo, os portugueses ainda mais afastados dos seus representantes parlamentares.

Muito atentamente,
Luís Botelho Ribeiro


[1] http://portugalprovida.blogspot.com/2008/05/ivg-comea-ser-um-hbito-como-mtodo.html
[2] http://portugalprovida.blogspot.com/2008/07/mdico-denuncia-facilitismo-em-usar-ivg.html
[3] http://portugalprovida.blogspot.com/2008/07/bastonrio-diz-que-banalizao-era.html
[4] http://portugalprovida.blogspot.com/2008/07/constitucionalista-alerta-para-aplicao.html
[5] http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=23&SubAreaId=39&SubSubAreaId=79&ContentId=252494
[6] «Vers un eugénisme libéral?», HABERMAS Jürgen, http://www.esprit.presse.fr/review/article.php?code=8809
[7] «A posição jurídica do pai na interrupção voluntária da gravidez», Prof. Pedro Pais de Vasconcelos, Estudos em honra do Professor Doutor José de Olivera Ascensão, vol.1, Almedina - 2008, pp. 156
[8] «Lei que despenalizou a IVG entrou em vigor há dois anos; Segundo aborto devia ser a pagar, diz director do serviço de ginecologia de Santa Maria », Público de 15.07.2009, http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391817
[9] Relatório sobre o grau de cumprimento da Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez - 2008, Min. da Saúde, resposta ao req. n.º 115/X/(4ª) das Senhoras Deputadas Maria Rosário Carneiro e Teresa Venda
[10] Henry Thoreau, http://cidadaniapt.blogspot.com/2007/05/desobedincia-civil-1-parte.html


terça-feira, 21 de julho de 2009

Hoje, pelas 15h00, contagem dos votos em directo


Hoje, 21 de Julho de 2009, transmitiremos a partir das 15h00 a abertura dos envelopes recebidos e contaremos os votos das eleições para os órgãos nacionais do PPV.

Transparência democrática em acto...
... é no canal webTVida.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

polémicas

Desde que começámos a escrever e a tomar posições, têm sido frequentes (e em crescendo) os insultos e ataques soezes com que o lado "tolerante" da política portuguesa nos tem brindado. Apesar de a qualidade literária ou dialéctica deixar bastante a desejar, pensámos que poderia revestir-se de algum interesse começar a publicar aqui algumas das passagens mais "edificantes". Por um lado, pode isso - a espaços - contribuir até para esclarecer alguns aspectos do nosso pensamento, menos aprofundados nos documentos que temos publicado.

Por outro lado, a publicação há-de necessariamente convidar alguns dos nossos interlocutores a pensar naquilo que escrevem (se deveras pensam) antes de clicar no botão "send", com a virtude adicional de dar a quem nos apoia(?) uma noção mais realista de algumas das implicações de estar - como nós estamos - nesta luta, deste lado da luta: sem tergiversar, sem "dourar a pílula", sem compromissos calculistas, «sem "mas" nem meio "mas"», como diz o povo. Expondo assim algum fragor do combate, talvez certos apoios tímidos ou passivos - que também temos - se transformem nos apoios activos e militantes de que nós e o país realmente precisamos, capazes de connosco enfrentar "mano a mano"... as feras abortófilas.

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email sem assinatura recebido às 21:57 de 20.07.09 do endereço cineclube@cineclubedeaveiro.com

>>Caríssimos intolerantes
>>O Cineclube não apoio* fanáticos extremistas, o que é contra os seus estatutos.
>>Por isso parem de mandar propaganda (spam).

Resposta PPV:
Caro Cineclube de Aveiro,

Ainda bem que não apoia extremistas - nós também não. No entanto a razão porque o não faz parece estranhamente frágil... Dá ideia que, se os estatutos lhe dessem alguma margem de manobra... :-)

Enfim, os anos que passámos em Aveiro, terra de Liberdade e respeito por quem pensa de maneira diferente, dão-nos certa garantia de que não seria possível que uma Instituição como o CCA passasse a apoiar extremistas, intolerantes e fanáticos... ou absolutistas que, como Luís XIV, agissem e sentissem como quem diz «o Cineclube sou eu... e por isso apoio ou não apoio o que me apetece».

Caro porta-voz anónimo do Cineclube de Aveiro, já notou que - parafraseando Fernando Pessoa - há intolerância bastante em tratar os outros por intolerantes?... Podia ao menos assinar o seu nome, já que nada do que escreve o envergonha a si, ao clube, ou à cidade de Mário Sacramento, não é assim?...

Cumprimentos,
Luís Botelho Ribeiro


* PPV: negrito nosso; mas o lapsus linguae pode ser significativo...
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Al-Qaerva escreveu em 2009-07-20 às 12:53 na caixa de comentários do post «outro PPV compatível»:

Aborto, Eutanásia, Casamento Gay?

Os católicos devem achar-se a consciência do mundo. Prova disso foi a inquisição e esta actual posição de querer impor a liberdade individual*.

Mas peço-lhe que responda a estas questões, sinceramente e sem demagogias**:

1º Se a sua filha engravidasse aos 16 anos ou mesmo 18, teria estas certezas? Quem é você para decidir pela vida de outros?

2º Se durante vários anos, um familiar próximo (pai, mãe, filho) estivessem em sofrimento e sem qualquer esperança cientifica de vida (digo VIDA, não vegetal!), teria na mesma estas certezas?

3º Se ao nascer, sentisse um impulso natural (sim, não são modas ou doenças), uma atracção por seres do mesmo género, o que faria?

De hipocrisia** está Portugal cheio!

Eu também sou pró vida, mas a cima disso sou pró Liberdade! De que vale viver se não podemos ser livres***?


* PPV: parece-nos evidente que há quem procure degradá-la...
** PPV: ex abundantia enim cordis os loquitur...
*** PPP: Eis algo que Cristo veio trazer ao homem - esta certeza de que podemos ser Livres!
O PPV não é mais nem menos do que uma forma de exercício dessa Liberdade...
... no plano cívico!

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Meu caro(a),

Se quer dialogar, primeiro identifica-se. É uma questão elementar de educação.
Se insulta (chamando hipócritas, etc.), é porque o diálogo não lhe interessa.

Cump.s
Luis Botelho

*****
Musica e Liturgia deixou um novo comentário na sua mensagem "outro PPV compatível - projecto pessoal de Vida":

Meu caro Al-Qaerva: 1)se a minha filha engravidasse (tenho uma) e não quisesse a criança pedia-lhe muito para ma entregar; 2) exactamente por acreditarmos em Algo que é superior a nós próprios, princípio e fim de todas as coisas, que tudo nos deu por amor é-nos muito mais fácil lidar com o sofrimento e com a morte. Para nós esta não é o fim mas o princípio de tudo. 3) todos nós, exactamente porque somos humanos e, por isso, frágeis, sentimos as mais diversas tendências que nem têm de ser, forçosamente, recalcadas mas também não têm de ser expostas na praça pública. Com o amor e carinho dos pais (que está antes de tudo), com a ajuda de pessoas credenciadas que a sociedade, equilibrada, deve ter ao dispor dos cidadãos e com alguma força de vontade encontraremos o equilíbrio estabelecido, desde todos os tempos, pela própria NATUREZA e, assim, seremos como os restantes habitantes do planeta: cão com cadela; gato com gata; galo com galinha; ...... homem com mulher. Consequência:
a cadela não matará os seus cachorrinhos; a leoa os leôezinhos; a vaca o vitelo ; a mulher o fruto do seu ventre. Com todo o respeito que me merece todo o ser criado à imagem e semelhança de um Deus que tão nosso amigo é, deixando de lado o facto de ser ou não católico, protestante, muçulmano (ai se o meu amigo lá vivesse!!!!) ou sem religião, peço-lhe que reveja os seus conceitos e, sobretudo, faça a si mesmo estas perguntas: donde venho? o que faço aqui? para onde vou? Com simpatia, Costa Gomes

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outro PPV compatível - projecto pessoal de Vida

Fonte: Ecclesia, 28-04-2008

O PPV deve ser confrontado com o silêncio infinito de Deus

“Não venho vender um produto que não consumo”, afirmou logo no início dos trabalhos o missionário da Consolata. Durante a manhã deste sábado apresentou a três dezenas de pesssoas, entre os quais animadores de grupos de jovens e catequistas, pistas sobre o PPV – Projecto Pessoal de Vida.
Aos participantes frisou: “São chamados a vender o que consomem” pois, se não fizerem isso “é uma farsa”. Ou seja, “não há melhor guia para salvação que o Evangelho”. Luís Maurício defendeu que deve ser “aplicado na vossa vida”.
Questionar os jovens, provocá-los com o próprio exemplo de vida é o desafio que deixou aos presentes desta acção. Certo é que têm de ser “criativos” e usar a “linguagem do coração”.
Para isso é necessário responder, na primeira fase e na primeira pessoa, perguntar: “Sabemos o que queremos? Onde estamos a ir? Que valores mexem na nossa vida?”. Daí a importância de ter um PPV com metas e objectivos concretos nas dimensões humana, religiosa, vocacional, comunitária e de testemunho-empenhamento.
Para isso é necessário ter “vontade de tomar a sério a própria vida” isto é, anseio de verdade e capacidade de análise, bem como a “infatigável procura de sentido”, ou seja, “estar dispostos e decididos a começar a caminhar”. Isto para contrariar “termos animadores cristãos que não se confessam” e que “não procuram alguém que os ajude a discernir as coisas no Espírito”.
O missionário de 35 anos partilhou a sua história e defendeu que “é nesta louca vida onde vivemos que devemos ser como cristãos loucos, como cristãos dos primeiros tempos, apaixonados por este Deus da vida” e ser instrumentos do plano de Deus. Assim, o PPV exige "ser confrontado com o silêncio infinito de Deus, lá onde o Espírito fala e a nossa liberdade se compromete perante o grito inexorável da alma: Senhor que queres que eu faça?".

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O contexto era outro... mas a mensagem faz sentido também para nós, também para este projecto político «Vida».


domingo, 19 de julho de 2009

CONVOCATÓRIA PARA A ELEIÇÃO DOS PRIMEIROS ÓRGÃOS SOCIAIS

Resolução de 19.07.2009

Face à evolução da votação e à maior disponibilidade de acesso à internet no local de trabalho para muitos dos nossos filiados, decidimos prolongar por um dia o prazo da votação electrónica, o qual expirará na segunda-feira, dia 20 de Julho de 2009 pelas 24h00. Mantêm-se os prazos definidos para o voto presencial e postal.

a comissão eleitoral,
Acácio Pinto Valente
Luís Botelho Ribeiro
Luís Freitas Paiva




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Resolução de 16.07.2009

Caros cidadãos eleitores do «Portugal pro Vida»,

1. Dando cumprimento à decisão da 1ª Convenção Nacional do «Portugal pro Vida», realizada em Guimarães a 4 de Julho de 2009, vem a Comissão Eleitoral convocar o universo dos membros inscritos para a eleição dos primeiros órgãos sociais.


2. A votação decorrerá das 21h30 de quinta-feira, 16.07.2009, até às 24h00 de domingo, 19.07.2009.


3. Encontra-se em anexo a composição da única lista concorrente.


4. A votação pode fazer-se presencialmente, por correspondência ou por via electrónica, para potenciar uma maior participação. O voto presencial ou por correspondência utilizará o boletim de voto anexo, assinalando a sua escolha no quadrado pretendido. Depois de preenchido o boletim será dobrado em quatro e colocado dentro de um sobrescrito, o qual deverá ser identificado com o nome e morada do cidadão eleitor. Depois de fechado e colado, o sobrescrito deverá ser entregue ou enviado por correio para um dos endereços seguintes:

4.a) Comissão Eleitoral PPV, R. Dr. José Correia, nº 79, 4580-258 Paredes (Douro)

4.b) Comissão Eleitoral PPV, R. 24 de Junho, nº 1497, Azurém, 4800-076 Guimarães

4.c) Comissão Eleitoral PPV, R. de S. Mamede, Lote 19, 5000-411 Vila Real


5. Para o voto electrónico tencionávamos recorrer a uma plataforma de e-voting da Universidade do Minho, a qual assegura uma votação respeitando as normas estatutárias do PPV (cf. nº 3 do artº 11, nº 3 do art.º 14 e nº.2 do art.º42 dos estatutos) e o "estado da arte" das tecnologias da informação (vd. ref1 e ref2). No entanto, verificam-se três circunstâncias que inviabilizam esta opção: a) a plataforma de e-voting da Univ. do Minho encontra-se temporariamente suspensa; b) os prazos para a normalização institucional do PPV, necessária à participação nas eleições legislativas 2009, são muito curtos; e c) há apenas uma lista concorrente. Atendendo a estas circunstâncias, entendeu a Comissão Eleitoral admitir a título excepcional a efectivação do voto electrónico, na forma de uma resposta simples por email para o endereço portugalprovida@gmail.com cujo acesso está estritamente confinado aos elementos da comissão eleitoral. Considerou-se, assim, que a desvantagem da menor confidencialidade seria neste caso compensada pela maior comodidade para os cidadãos. Para maior segurança e confidencialidade, existe a alternativa do voto por correspondência, o qual deverá chegar-nos até 3ª feira dia 21.07.2009.

Guimarães, 16 de Julho de 2009.

A comissão eleitoral,
Acácio Pinto Valente
Luís Botelho Ribeiro
Luís Freitas Paiva

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Anexo 1 - composição da lista V (clicar em cima para aumentar)

Acessibilidade: lista V em formato PDF. Na Direcção Política, na Mesa da Convenção e no Conselho de Justiça, a primeira metade da lista corresponde aos membros efectivos e a segunda metade aos suplentes, pela ordem apresentada.

a comissão eleitoral,
Acácio Pinto Valente
Luís Botelho Ribeiro
Luís Freitas Paiva


Post Scriptum: foi corrigido o nome da candidata Carmo Castro Mendes que na primeira forma da convocatória, por lapso, seguiu como Carmo Ribeiro e Castro.

Post scriptum 2:
Ao fim do primeiro dia de votação atingimos cerca de 37,5% de participação. Não é mau, mas no final da votação (Domingo) esperamos estar bem acima das taxas de participação típicas da democracia portuguesa. Temos de ser participativos se queremos contribuir para regenerar a vida política e social do nosso Portugal.

Se entretanto quiser inscrever um filho(a) ou amigo para votar já desta vez, não deixe para o fim ... faça-o já!

É muito simples o voto por email.
a) Quem quer votar na lista proposta responde a qualquer email do PPV com a mensagem seguinte:
Eu voto na lista V

b) Quem quer votar em branco responde a qualquer email do PPV com a mensagem
seguinte:
"Eu voto em branco" ou "Nenhuma das listas me merece confiança"

Lembramos que podemos inscrever cidadãos de qualquer idade, e mesmo os mais jovens podem votar (ou os representantes legais por eles). Nós temos consagrado nos estatutos o propósito de não fazer qualquer "discriminação etária" - na prática é isto!

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No início não ficou estabelecida uma antecedência mínima da adesão ao PPV para poder votar. Sendo assim, decidimos que os cadernos eleitorais não se encontram encerrados e vão sendo por nós actualizados em contínuo. Por conseguinte, aceitaremos qualquer voto que chegue depois ou em simultâneo com a respectiva ficha de adesão do membro, até às 24H00 de domingo*, a hora a que «fecham as urnas».

* prazo alterado por resolução de 19.07.09


sábado, 18 de julho de 2009

Festa da Democracia no PPV


Grandioso fogo de artifício "assinalará" em Paredes a eleição democrática dos primeiros órgãos sociais do partido «Portugal pro Vida», a seguir ao fecho das urnas, às 24h00 de domingo, 19 de Julho.


:-)


... não será bem assim. Mas em todo o caso, o momento será de Festa e aqui fica o convite para quem quiser, puder e gostar deste tipo de espectáculos, apesar dos tempos de crise. O espectáculo pirotécnico de Paredes tem fama regional e é precedido, para os apreciadores, por um momento "Tony Carreira"... ;-)

(acompanhe em directo pela webTVida)

Informações adicionais

(fotos picadas daqui)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Grandes progressos da tecnologia de incubação

«A Neonatologia e as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (NICUs - neonatal intensive care unit) aumentaram muito as possibilidades de sobrevivência de bebés extremamente prematuros, com muito pouco peso. Na época anterior, pelos anos 50, bebés com peso à nascença inferior a 1400 gramas (com aproximadamente 30 semanas de gestação) raramente sobreviviam. Hoje, bebés de 26 semanas, com cerca de 500 gramas, têm já bastantes hipóteses de sobrevivência.»

Fonte: wikipédia
Parece, pois, que a tecnologia poderá não levar muito tempo até permitir que a incubação em unidades incubadoras avançadas se constitua como uma alternativa real ao aborto. A menos que para os abortófilos a questão-chave não seja efectivamente o «direito de decidir um projecto de vida pessoal" por parte da mãe, mas sim a negação ao filho de um igualmente respeitável «direito a um projecto de vida pessoal".

Debatemos em certa ocasião esta possibilidade com Francisco Louçã, na Universidade Nova em Lisboa. Num primeiro momento, estranhámos que este reputado intelectual recusasse sequer analisar racionalmente esta possibilidade para já conceptual mas que a ciência a curto prazo não deixará de concretizar. Num segundo momento, escandalizou-nos que ainda assim insistisse no direito da mãe a matar o seu filho, podendo este ser salvo e criado pelo Estado, retirando-o com vida do ventre da sua mãe e mantendo-o por algum tempo numa incubadora avançada.

Em 2006, a pequena Amilla sobreviveu após nascer com 21 semanas e seis dias.
Bravo, Amillia!



Entretanto fez um ano, alive and kicking.





E nesta altura já está quase a fazer 3 anos!!!





Mas pouco depois, logo em 2007, no Hospital Universitário de Goettingen, nascia Kimberly Mueller, 15 semanas* antes do tempo previsto!

Sobreviveu e após um tempo nos cuidados intensivos neonatais (NICUs) foi para casa dos seus pais babados e felizes!

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A ciência e a tecnologia vão salvando vidas cada vez mais perto do limiar das 10 semanas.

Mas para Sócrates, o do "plano tecnológico", matar às 10 semanas é que é sinal de "modernidade"!!!

Let's stop the Killing... of Human babies!!!

No próximo dia 23 de Julho, quinta-feira, pelas 10h00, todos ao Parlamento para a discussão da nossa petição de SUSPENSÃO - REVISÃO - REVOGAÇÃO da lei do aborto!

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post-scriptum 20-07-2009: por lapso na interpretação do texto original, corrigimos a tradução. De qualquer forma é válida e legítima a conclusão de que a ciência caminha no sentido de viabilizar a sobrevivência de fetos cada vez mais prematuros.

terça-feira, 14 de julho de 2009

direito e dever de votar

Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre as próximas eleições



texto integral aqui

Votar, um exercício de cidadania

1. [...]
Os cristãos devem sentir o dever de votar, bem como de se esclarecerem sobre o sentido do seu voto. Um dever de consciência do qual não se podem moralmente eximir, e que servirá ainda de exemplo aos mais jovens, tantas vezes alheados da construção de um futuro, que especialmente lhes pertence.

Candidatos ao serviço do bem comum

2. É fundamental que os eleitores tenham consciência do que está em causa quando se vota. Os responsáveis políticos têm o dever de formular programas eleitorais realistas e exequíveis, que motivem os eleitores na escolha das políticas propostas e dos candidatos que apresentam. Este dever exige dos mesmos responsáveis a obrigação de visar o bem comum e o interesse de todos, como finalidade da acção política, propondo aos eleitores candidatos capazes de realizar a sua missão com competência, cultura e vivência cívica, fidelidade e honestidade, sempre mais orientados pelo interesse nacional, que pelo partidário ou pessoal. Ser apresentado como candidato não é uma promoção ou a paga de um favor, mas um serviço que se pede aos mais capazes.
Os regimes democráticos, como as pessoas que neles actuam mais visivelmente, não são perfeitos. A política é acção do possível. É, porém, necessário que se vão alargando sempre mais as margens do possível, para que a esperança não dê lugar a desilusões.

Três actos eleitorais distintos

3.
[...]
A Assembleia da República é o principal órgão legislativo do país. Sem objectivos claros, e sem leis adequadas e respeitadoras da realidade e do bem comum, o país não pode progredir.
A Assembleia, constituída por deputados propostos pelos partidos políticos, é um lugar vocacionado para construir a unidade e o progresso da nação. Os seus membros devem empenhar se no maior bem da comunidade nacional, ocupando se com os problemas e situações mais graves que urge resolver.
A diversidade dos deputados e dos partidos é enriquecedora. Não menospreza nem anula o contributo de todos. No acto de votar, há que estar atento para ver se os candidatos apresentados pelos partidos dão garantias de poderem realizar o que deles legitimamente se espera.
[...]

Critérios e valores a respeitar e promover

4. Em todas as eleições, como na acção política normal, o critério fundamental deve ser a pessoa humana concreta, servida e respeitada na sua dignidade e direitos. Assim poderá satisfazer também os seus deveres. É este respeito e cuidado que permite realizar a humanização da sociedade.
Ninguém deve esperar que um programa político seja uma espécie de catecismo do seu credo, mas um modo de compromisso para a solução dos problemas do país. Neste sentido, enumeramos alguns critérios que consideramos importantes para escolher quem possa melhor contribuir para a dignificação da pessoa e a realização do bem comum:
  1. – promoção dos Direitos Humanos;
  2. – defesa e protecção da instituição familiar, fundada na complementaridade homem mulher;
  3. – respeito incondicional pela vida humana em todas as suas etapas e a protecção dos mais débeis;
  4. – procura de solução para as situações sociais mais graves: direito ao trabalho, protecção dos desempregados, futuro dos jovens, igualdade de direitos e melhor acesso aos mesmos por parte das zonas mais depauperadas do interior, segurança das pessoas e bens, situação dos imigrantes e das minorias;
  5. – combate à corrupção, ao inquinamento de pessoas e ambientes, por via de alguma comunicação social;
  6. – atenção às carências no campo da saúde e ao exercício da justiça;
  7. – respeito pelo princípio da subsidiariedade e apreço pela iniciativa pessoal e privada e pelo trabalho das instituições emanadas da sociedade civil, nomeadamente quando actuam no campo da educação e da solidariedade…

O eleitor cristão não pode trair a sua consciência no acto de votar.

Os valores morais radicados na fé não podem separar se da vida familiar, social e política, mas devem encarnar se em todas as dimensões da vida humana. As opções políticas dos católicos devem ser tomadas de harmonia com os valores do Evangelho, sendo coerentes com a sua fé vivida na comunidade da Igreja, tanto quando elegem como quando são eleitos.

Apelo aos candidatos e eleitores

5. Reconhecendo a acção política como uma “arte nobre”, não podemos deixar de apelar, aos políticos em acção e aos candidatos à eleição, que se empenhem, com o seu exemplo e testemunho, em dignificar a actividade política, na edificação de uma sociedade justa e fraterna, sempre possível e mais necessária numa sociedade plural e democrática.
A Igreja não tem nem pretende ter nenhum partido político, mas não esquece o seu papel na defesa da democracia, reconhecido pelos políticos mais lúcidos e pelo povo, bem como o seu empenhamento nas causas sociais, onde o bem de todos e a solidariedade exigem a sua presença.
Vemos, com esperança, as próximas eleições, dada a importância que têm neste momento europeu e nacional, e tudo faremos pelo seu êxito, estimulando os membros das comunidades que nos estão confiadas, para que exerçam o seu direito e dever de votar, em consciência e liberdade.


Fátima, 23 de Abril de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

23 de Julho, 10h00 - petição PPV discutida na A.R.

COMUNICADO

No próximo dia 23 de Julho de 2009, 5ª feira, pelas 10h00 a nossa petição «a favor da revisão da lei do aborto» será discutida no plenário da Assembleia da República, conforme consta do agendamento publicado. Congratulando-se com este facto, o PPV vem tornar pública a seguinte mensagem:

1. Saudamos a diligência e empenho que o Sr. Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, tem posto no tratamento das petições de cidadãos e associações, especialmente nesta fase final da legislatura - sinal evidente de respeito pelo valor da Participação, tão caro para a doutrina social da Igreja como para a verdadeira ética republicana laica - cada vez mais esquecida por muitos políticos portugueses com ela nominalmente identificados;

2. Apelamos a quantos, tendo-a subscrito ou não, apoiam esta petição no sentido de que, se puderem, compareçam nas galerias da Assembleia da República no próximo dia 23. Face ao número de petições a discutir, prevê-se que muitas pessoas ali se encontrem - convirá chegar cedo.

3. Oportunamente publicaremos a nossa posição face ao relatório que, sobre a nossa petição, foi elaborado pela Sr.ª Deputada Helena Terra e posteriormente aprovado pela Comissão de Assuntos Constitucionais DLG. É especialmente preocupante que, na sua parte final, este relatório admita a possibilidade - em nosso entender anti-democrática - de, futuramente, as petições poderem não ser admitidas pela A.R. em virtude do seu "tom" - qualidade altamente subjectiva e que poderia facilmente ser invocada para, no limite, impedir aos cidadãos representados o acesso aos seus representantes.

Portugal pro Vida
Porto, 9 de Julho de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

às televisões

Ex.mºs Senhores jornalistas,

Por acórdão do Tribunal Constitucional de 1.07.09 foi o movimento «Portugal pro Vida» admitido como um novo partido político depois de em Maio ter entregue mais de 8100 assinaturas de cidadãos. Ao contrário de outros partidos recentemente criados, designadamente o MMS e o MEP, o «Portugal pro Vida» não teve a oportunidade de expor o seu pensamento aos portugueses durante a fase de legalização agora concluída com êxito. É certo que tivemos direito a algumas "mensagens de rodapé" e a uma simples reportagem da entrega de uma petição no Parlamento em Janeiro. Mas isso não chega para que os cidadãos conheçam minimamente o nosso programa.

Recentemente "acusámos, afrontámos e ofendemos o Parlamento" - segundo a opinião da Deputada Helena Terra (PS) expressa por escrito no relatório (verificar aqui) - ao entregar no parlamento um pedido de levantamento de toda a documentação entregue em Janeiro. A RTP que inicialmente tinha connosco agendado a gravação/transmissão de uma reportagem sobre essa acção (que chegou a gravar em 22 de Abril) acabou por não a passar. Não compreendemos que não nos fossem dadas explicações sobre um acto editorial que facilmente poderia ser explicado... por critérios políticos!

Sr.s jornalistas, o PPV é constituído por cidadãos que estão determinados a assumir um papel relevante e construtivo na democracia portuguesa, em diálogo aberto com a sociedade, assumindo a representação de Valores e Princípios muito caros a largos sectores da sociedade portuguesa, como é sabido. Não pretendemos beneficiar de qualquer situação de favor mediático que a nossa recente entrada não justificaria. Mas também não poderemos aceitar passivamente uma situação de discriminação informativa que iria ferir de grave injustiça as responsabilidades de serviço público a que pelos contratos de concessão as televisões se obrigaram.

Gostaríamos, pois, de ter a oportunidade de apresentar sucintamente o nosso pensamento aos portugueses nalgum dos vossos espaços de informação, em condições similares às que foram concedidas a outros no passado recente.
A oportunidade jornalística existe - uma vez que a nossa petição será discutida pelo plenário da Assembleia da República já no próximo dia 23 de Julho pelas 10h00, de acordo com o agendamento da A.R. publicado.

A Direcção Política
do PPV

Post scriptum - no mesmo sentido o COMUNICADO OFICIAL DA CNE SOBRE A NÃO-DISCRIMINAÇÃO DAS CANDIDATURAS NO TRATAMENTO JORNALÍSTICO que citamos:

Merece especial referência a matéria dos debates eleitorais pois, apesar de a CNE entender
que existe uma maior liberdade e criatividade na determinação de conteúdo, ao contrário do
que sucede com a cobertura noticiosa, os órgãos de comunicação social devem procurar que
os debates eleitorais se realizem com a participação de representantes de todas as
candidaturas.

«A simples ausência, no debate, de um qualquer dos candidatos, fará crer, de princípio, a
grande número de cidadãos que outros que não os presentes nem sequer se apresentarão ao
sufrágio ou então, talvez até pior que isso – assim se operando, nessa hipótese um verdadeiro
afunilamento informativo, fortemente invasivo do projecto propagandístico de cada um,
favorável ou desfavoravelmente, em plena fase dita de "pré-campanha" – que a candidatura
dos ausentes, por qualquer razão, não será para representar com seriedade» (Acórdão do STJ
de Fevereiro de 2009).

Nestes termos, a CNE reitera que os órgãos de comunicação social devem garantir informação
equivalente a todas as candidaturas com vista ao esclarecimento do eleitor.

domingo, 5 de julho de 2009

ELEIÇÕES DOS ÓRGÃOS INTERNOS - PARTICIPAÇÃO NAS LEGISLATIVAS-2009

1. A 4 de Julho de 2009 foram aprovados em Guimarães por unanimidade e aclamação os estatutos do novo partido político «Portugal pro Vida». Urge agora normalizar a vida do novo partido, elegendo os respectivos órgãos nacionais:

- Mesa da Convenção Nacional (CN) - 3 efectivos + 3 suplentes
- Direcção Política Nacional (DPN) -
5 efectivos + 5 suplentes
- Conselho de Justiça (CJ) - 3 efectivos + 3 suplentes
- Conselho Fiscal (CF) - mínimo de 5 membros efectivos

2. A
pelamos agora a todos os cidadãos portugueses que se identificam com a nossa declaração de princípios para que o declarem por escrito e adiram formalmente ao movimento, imprimindo e preenchendo a ficha neste link e fazendo-a depois chegar ao PPV por correio à morada indicada ao fundo da folha. Só desta forma será possível participar na tomada de decisões posto quem de acordo com os estatutos e com a prática habitual, só os filiados votam e elegem os seus órgãos dirigentes.

3. Nesta primeira fase da vida do PPV, à falta de órgãos eleitos, será o plenário da Convenção Nacional - órgão máximo do PPV segundo os estatutos - a desempenhar todas as funções dos futuros órgãos, designadamente a admissão de novos membros e a organização das eleições dos diferentes órgãos, a começar pela Mesa da Convenção Nacional. A Mesa, a seguir, assumirá funções e dará posse aos restantes órgãos.

4. Na qualidade de primeiros requerentes para a inscrição do PPV junto do Tribunal Constitucional, daremos um prazo até 14 de Julho para a recepção de Listas concorrentes aos diferentes órgãos - naturalmente compostas por membros efectivos do PPV - e trabalharemos activamente junto dos filiados para garantir que nenhuma eleição fique deserta.

5. Fazemos um apelo de âmbito nacional:
  • a todos os grupos paroquiais de base,
  • a todos os grupos e associações de ex-combatentes do ultramar com membros espalhados pelas freguesias,
  • a todas as organizações e associações de cidadãos cujo âmbito de intervenção na sociedade seja compatível com os nossos princípios;
... sem prejuízo da sua independência face ao PPV e sem qualquer contrapartida penalizante para o nosso programa político, pedimos a vossa colaboração para assegurarmos uma presença pro Vida - em representação do PPV - em todas as mesas de voto do país nas próximas eleições legislativas de 27 de Setembro 2009. O Estado recompensa esta participação com 76,32 euros. Nesse sentido, pedimos que nos enviem para portugalprovida@gmail.com o nome, email e telefone/telemóvel de um cidadão eleitor declaradamente pro Vida por cada mesa de voto de todas as freguesias e concelhos de Portugal. (na maioria das freguesias há mais do que uma mesa de voto; na vossa Junta de Freguesia sabereis o número necessário)


Guimarães, 4 de Julho de 2009

Pela Convenção Nacional do PPV,
Luís Botelho Ribeiro
Acácio Valente
Luís de Freitas Paiva

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Convenção Nacional do PPV - Guimarãres, 4 de Julho

LEGISLATIVAS 2009


Depois de termos atingido o número necessário de assinaturas no dia 26 de Abril, data da canonização de Nun'Álvares Pereira...

Depois de termos entregue no Tribunal Constitucional o processo de inscrição como Partido Político no dia 13 de Maio, aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima...

Depois de o Tribunal Constitucional ter analisado o nosso processo de legalização no dia 22 de Junho, dia de S. Tomás Moro - patrono dos governantes e dos políticos...

Depois de este Tribunal o ter aprovado definitivamente em 1 de Julho, dia de Aarão, irmão e porta-voz de Moisés a caminho da Terra Prometida...

O «Portugal pro Vida» convida todos os seus amigos e cidadãos que se identificam com o ideal da
"Civilização da Vida" para uma nova convenção.

Esta convenção terá lugar em Guimarães no sábado, dia 4 de Julho, a partir das 14h30 no Centro de Congressos* do Seminário do Verbo Divino. Pode inscrever-se através dos seguintes contactos:

Email: portugalprovida@gmail.com

Telef.s 253 516 486 / 934450384

http://portugalprovida.blogspot.com

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* Rua de S. Torcato, 1721, Azurém - GUIMARÃES

GPS

lat. 41º 27' 22,85'' N

long. 8º 17' 08,63'' W

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Se não pode vir a Guimarães, ligue pelo seu PC e siga os trabalhos na webTVida, o nosso canal experimental de TV online. Tentaremos activar também um canal de intervenção remota (áudio e vídeo) através do sistema google-videochat, para o que basta dispor de uma conta gratuita gmail e instalar a aplicação no seu PC. Depois basta abrir uma janela de contacto com o utilizador portugalprovida@gmail.com.

Agenda prevista:

1. Inscrição dos membros (fundadores)
2. Apresentação/discussão dos Estatutos
3. Aprovação dos primeiros Estatutos do PPV (clicar aqui)
4. Eleição dos primeiros órgãos nacionais do PPV
5. Nomeação de responsáveis pelo programa e campanha eleitoral
6. Definição do perfil dos candidatos às eleições legislativas 2009
7. Proposta de cabeças de lista por círculo eleitoral

Se pensa participar presencialmente ou via webTV, agradecemos que nos escreva um email para o endereço portugalprovida@gmail.com, enviando simultaneamente a ficha de adesão online ou imprimindo e preenchendo a ficha em papel (clicar aqui).


Portugal pro Vida

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Mais que
oposição ao laicismo Sócrates...
.. um movimento de
resistência civil

Mais que um "não" ao aborto, eutanásia, pedofilia e "casamento gay"...
.. um
"sim" à Vida e à Família


Muito mais que um novo partido...
..
uma nova atitude!

Há uma esperança na Europa...

«Um ano após a sugestão da Comissão Europeia, os principais fabricantes de telemóvel a operar no mercado europeu chegaram a acordo para introduzir no mercado um carregador de telemóveis universal.»

Também no Público, TEK-sapo, IOL diário, etc.

Pois sim. Mas...
... um ano e dois meses após a nossa "sugestão" via petição online!