Por outro lado, a publicação há-de necessariamente convidar alguns dos nossos interlocutores a pensar naquilo que escrevem (se deveras pensam) antes de clicar no botão "send", com a virtude adicional de dar a quem nos apoia(?) uma noção mais realista de algumas das implicações de estar - como nós estamos - nesta luta, deste lado da luta: sem tergiversar, sem "dourar a pílula", sem compromissos calculistas, «sem "mas" nem meio "mas"», como diz o povo. Expondo assim algum fragor do combate, talvez certos apoios tímidos ou passivos - que também temos - se transformem nos apoios activos e militantes de que nós e o país realmente precisamos, capazes de connosco enfrentar "mano a mano"... as feras abortófilas.
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email sem assinatura recebido às 21:57 de 20.07.09 do endereço cineclube@cineclubedeaveiro.com
>>Caríssimos intolerantes
>>O Cineclube não apoio* fanáticos extremistas, o que é contra os seus estatutos.
>>Por isso parem de mandar propaganda (spam).
Resposta PPV:
Caro Cineclube de Aveiro,
Ainda bem que não apoia extremistas - nós também não. No entanto a razão porque o não faz parece estranhamente frágil... Dá ideia que, se os estatutos lhe dessem alguma margem de manobra... :-)
Enfim, os anos que passámos em Aveiro, terra de Liberdade e respeito por quem pensa de maneira diferente, dão-nos certa garantia de que não seria possível que uma Instituição como o CCA passasse a apoiar extremistas, intolerantes e fanáticos... ou absolutistas que, como Luís XIV, agissem e sentissem como quem diz «o Cineclube sou eu... e por isso apoio ou não apoio o que me apetece».
Caro porta-voz anónimo do Cineclube de Aveiro, já notou que - parafraseando Fernando Pessoa - há intolerância bastante em tratar os outros por intolerantes?... Podia ao menos assinar o seu nome, já que nada do que escreve o envergonha a si, ao clube, ou à cidade de Mário Sacramento, não é assim?...
Cumprimentos,
Luís Botelho Ribeiro
* PPV: negrito nosso; mas o lapsus linguae pode ser significativo...
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Al-Qaerva escreveu em 2009-07-20 às 12:53 na caixa de comentários do post «outro PPV compatível»:
Aborto, Eutanásia, Casamento Gay?
Os católicos devem achar-se a consciência do mundo. Prova disso foi a inquisição e esta actual posição de querer impor a liberdade individual*.
Mas peço-lhe que responda a estas questões, sinceramente e sem demagogias**:
1º Se a sua filha engravidasse aos 16 anos ou mesmo 18, teria estas certezas? Quem é você para decidir pela vida de outros?
2º Se durante vários anos, um familiar próximo (pai, mãe, filho) estivessem em sofrimento e sem qualquer esperança cientifica de vida (digo VIDA, não vegetal!), teria na mesma estas certezas?
3º Se ao nascer, sentisse um impulso natural (sim, não são modas ou doenças), uma atracção por seres do mesmo género, o que faria?
De hipocrisia** está Portugal cheio!
Eu também sou pró vida, mas a cima disso sou pró Liberdade! De que vale viver se não podemos ser livres***?
* PPV: parece-nos evidente que há quem procure degradá-la...
** PPV: ex abundantia enim cordis os loquitur...
*** PPP: Eis algo que Cristo veio trazer ao homem - esta certeza de que podemos ser Livres!
O PPV não é mais nem menos do que uma forma de exercício dessa Liberdade...
... no plano cívico!
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Meu caro(a),
Se quer dialogar, primeiro identifica-se. É uma questão elementar de educação.
Se insulta (chamando hipócritas, etc.), é porque o diálogo não lhe interessa.
Cump.s
Luis Botelho
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Musica e Liturgia deixou um novo comentário na sua mensagem "outro PPV compatível - projecto pessoal de Vida":
Meu caro Al-Qaerva: 1)se a minha filha engravidasse (tenho uma) e não quisesse a criança pedia-lhe muito para ma entregar; 2) exactamente por acreditarmos em Algo que é superior a nós próprios, princípio e fim de todas as coisas, que tudo nos deu por amor é-nos muito mais fácil lidar com o sofrimento e com a morte. Para nós esta não é o fim mas o princípio de tudo. 3) todos nós, exactamente porque somos humanos e, por isso, frágeis, sentimos as mais diversas tendências que nem têm de ser, forçosamente, recalcadas mas também não têm de ser expostas na praça pública. Com o amor e carinho dos pais (que está antes de tudo), com a ajuda de pessoas credenciadas que a sociedade, equilibrada, deve ter ao dispor dos cidadãos e com alguma força de vontade encontraremos o equilíbrio estabelecido, desde todos os tempos, pela própria NATUREZA e, assim, seremos como os restantes habitantes do planeta: cão com cadela; gato com gata; galo com galinha; ...... homem com mulher. Consequência:
a cadela não matará os seus cachorrinhos; a leoa os leôezinhos; a vaca o vitelo ; a mulher o fruto do seu ventre. Com todo o respeito que me merece todo o ser criado à imagem e semelhança de um Deus que tão nosso amigo é, deixando de lado o facto de ser ou não católico, protestante, muçulmano (ai se o meu amigo lá vivesse!!!!) ou sem religião, peço-lhe que reveja os seus conceitos e, sobretudo, faça a si mesmo estas perguntas: donde venho? o que faço aqui? para onde vou? Com simpatia, Costa Gomes
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