Perante a sucessão de violências ocorridas nas últimas semanas no Tibete, a comunidade internacional (Nações Unidas incluídas) vai perdendo a face para reclamar o direito à auto-determinação dos povos, quando deixa em claro tantos anos as legítimas aspirações do Tibete. É certo que, em teoria, as causas de independência devem ser defendidas sem recurso à violência... Na verdade, porém, poucas nações a conseguiram desse modo. E quanto tempo se pode exigir à paciência de um povo?
No mínimo, tal como já aconteceu nos jogos olímpicos de Moscovo e nos de Los Angeles, seria de equacionar seriamente um boicote internacional a um momento de (quase pura) propaganda da ditadura chinesa. Não assumir com coragem o primado dos princípios no concerto dos povos, pode valer alguma simpatia comercial imediata da nova super-potência, mas poderá custar ao mundo um preço muito maior pago em Dignidade, Justiça e Paz...
Não nos digam que é impensável um tal desafio ao "sorriso amarelo". Já antes nos aconselhava certa prudência "antes vermelhos que mortos". E também houve quem lhe respondesse com razão:
Ni rouges, ni morts - libres!