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Fernando Nobre e Defensor Moura.
Haverá sinal mais eloquente...
... de que a República Portuguesa está doente?
WASHINGTON D.C., 28 Sep. 10 / 01:05 pm (ACI)
La Conferencia de Obispos Católicos de Estados Unidos (USCCB) alentó la participación de los católicos en todo el mundo en la próxima "Vigilia por toda vida humana naciente" a celebrarse el próximo sábado 27 de noviembre, que el Papa Benedicto XVI a pedido realizar a los obispos en el comienzo del Adviento.
En una declaración publicada hoy, el Presidente del Comité de Actividades Pro-vida de la USCCB, Cardenal Daniel DiNardo, señala que octubre ha sido declarado como el "Mes de Respeto por la Vida" ante las amenazas como el aborto. En el texto alienta a "testimoniar constantemente el inestimable valor y la dignidad de toda vida humana a través de la amorosa preocupación por el bien de los otros".
"La pérdida de un solo niño y el dolor experimentado por su madre y su padre luego del aborto tiene que hacernos redoblas esfuerzos para terminar con el aborto legal", dice el Cardenal y recuerda la importante obra pastoral de la Iglesia Católica en Estados Unidos para enfrentar esta práctica anti-vida como el Proyecto Rachel para hombres y mujeres que han pasado por esta dolorosa y traumática experiencia.
Tras resaltar que la defensa de la vida es "una tarea urgente", el Purpurado recordó que "si dejamos que la dignidad de todo ser humano nos guíe en nuestras decisiones como votantes y como defensores de esto en el debate público, podremos con seguridad tener éxito en la creación de una sociedad más justa y humana".
Para el Cardenal DiNardo, el pedido del Papa Benedicto XVI "no tiene precedentes" al llamar a participar en la "Vigilia por toda vida humana naciente" y exhortó a "todos los católicos, en casa o de viaje por los feriados de Acción de Gracias, a hacer parte de esta especial oración, cuyo propósito de acuerdo a la Santa Sede es agradecer al Señor por su entrega al mundo y su Encarnación que elevó la dignidad de la vida humana, así como invocar la protección del Señor sobre todo ser humano llamado a la existencia".
Más información (en inglés): www.usccb.org/prolife/programs/rlp/10dinardo-stmt.pdf
A cultura e os Valores identitários fundamentais do povo português enquadram-se no que habitualmente se designa como a civilização de matriz cristã. Na Europa e, muito particularmente, em Portugal esta realidade tem sofrido um ataque cerrado e tende a ficar tão menosprezada no discurso oficial, quanto arredada da acção governativa e da política em geral.
Perante o ambiente hostil, muitos cristãos se viram tentados a limitar a sua prática religiosa ao domínio da intimidade familiar ou comunitária, abstendo-se de afirmar e defender os seus valores no debate concreto das opções sociais e políticas do nosso país. O resultado está à vista de todos e não é animador. Num momento em que qualquer minoria activa consegue fazer avançar as suas causas, a enorme massa adormecida dos cristãos vai-se conformando com o mundo e assistindo em silêncio ao avanço sem oposição da “mentalidade mundana”, da “cultura de morte”.
Podem os cristãos tornar-se os últimos na generosidade e na entrega ao seu ideal? Não sentiremos todos uma ponta de vergonha quando vemos tantos pequenos grupos mobilizados na rua ou no ciber-espaço em defesa dos direitos do lince ibérico, dos ovos de águia Bonelli, dos ninhos de cegonha, dos touros, das águas bravas do rio Sabor, das gravuras de Foz Coa... e nós que, com Cristo, chamamos Pai a Deus, não somos capazes de sair do sofá para reconhecer como nossos irmãos os mais de 50.000 bebés já abortados “legalmente” pelo estado português com o dinheiro dos nossos impostos?
Há agnósticos e ateus que dedicam o seu tempo a afirmar direitos sem dúvida respeitáveis e nobres, e nós, cristãos, não nos damos sequer ao trabalho de afirmar o mais nobre e fundamental de todos esses - o direito à vida?
Como cristãos, sabemos que a dDignidade da Vida Humana não pode depender da idade do embrião, feto, criança ou adulto que se considere. E se tomamos Cristo como nosso Senhor – e Senhor da Vida - não podemos ficar calados diante dos senhores terrenos que nos vão impondo um modelo de sociedade onde a Vida humana é considerada descartável, onde há vidas de primeira e de segunda e onde o consumo e a dinâmica económica se sobrepõem aos Valores inegociáveis do cidadão-cristão.
Como verificámos nos últimos anos, o Presidente da República constitui uma instância democrática que poderia exigir dos políticos uma reflexão séria antes de dar certos e perigosos passos. Mas também pode, como infelizmente sucedeu, colaborar na destruição da família, deixando passar o aborto, o divórcio simplex, o casamento homossexual, o “apadrinhamento civil” ou a “educação sexual obrigatória (e ideologicamente sectária)” sem suscitar sequer a verificação de constitucionalidade.
Atento a isto, o movimento Portugal pro Vida decidiu assumir as suas responsabilidades lançando uma candidatura presidencial e, desta forma, reivindicando uma voz activa na defesa dos nossos Valores. Pela minha parte, aceitei dar a cara por uma candidatura de inconformismo e alternativa pro-Vida, a qual, porém, só será uma realidade se, em Liberdade e em consciência, nos ajudardes a reunir as 7.500 assinaturas necessárias. Bastará para tal imprimir e devolver preenchida a declaração de apoio acessível em http://portugalprovida.blogspot.com e http://luisbotelho2011.blogspot.com/.
Conto com a vossa Oração mas igualmente com a vossa Acção comunitária para, juntos, erguermos bem alto – também no terreno do debate cívico e político – o estandarte da Vida.
Saudações fraternas,
Luís Botelho Ribeiro
por David Cameron*
Público 15.09.2010
O Cardeal Newman foi um dos maiores ingleses, não só do seu tempo, mas de todos os tempos. Como qualquer outro homem ou mulher de coragem e fé, acreditava apaixonadamente que devemos seguir a nossa consciência. Muitos, demasiados, morreram por essa mesma causa. No Reino Unido, entre mártires, contam-se tanto protestantes como católicos, como Thomas More, cujo julgamento teve lugar no Westminster Hall, onde o Papa fará um discurso para a sociedade civil.
No final desta histórica visita ao Reino Unido, o Papa Bento XVI vai beatificar o Cardeal numa missa celebrada no Birmingham Park, onde o Cardeal costumava passar o seu tempo livre no tempo em que era um simples padre numa paróquia dessa grande cidade industrial. Será o ponto alto da primeira visita oficial de um Papa ao Reino Unido.
O uso da palavra histórica para descrever a visita pode facilmente ser visto como um lugar-comum. Contudo, neste caso o seu uso justifica-se plenamente. É por isso que canais de televisão de todo o mundo vão acompanhar todos os momentos dos quatro dias que Sua Santidade vai passar no Reino Unido.
Como Primeiro-Ministro Britânico, fico feliz pelo convite que os meus antecessores endereçaram ao Papa para visitar o meu país, e pelo facto de ele ter aceite tanto o convite do Governo, como o que recebeu de Sua Majestade, a Rainha. O Papa Bento XVI visita-nos na condição de Chefe de Estado e de líder de uma igreja com mais de seis milhões de fiéis no Reino Unido e quase 1200 milhões em todo o mundo.
Como outras fés, a Igreja Católica promove uma mensagem de paz e justiça, e trabalhamos em conjunto na prossecução dessas causas.
Apesar dos tempos difíceis que vivemos, garantimos verbas para a ajuda ao desenvolvimento internacional. A diminuição da pobreza é um dos grandes desafios do mundo actual. As condições assustadoras em que tanta gente vive actualmente, lado a lado com doenças e miséria, são uma afronta moral para todos nós que vivemos confortavelmente em países ricos.
A Igreja Católica e as suas agências humanitárias estão na linha de frente na luta contra a pobreza no mundo. Trabalhamos com essas agências – através de organizações como o CAFOD (1), o SCIAF (2), o Trocaire (3) e a Caritas (4) – em África, na Ásia e na América Latina. Na África Subsariana, por exemplo, agências católicas e igrejas locais são as responsáveis por, aproximadamente, um quarto de toda a educação primária e dos serviços de saúde disponíveis, e ainda por serviços de apoio a portadores do vírus da Sida.
A Santa Sé é um parceiro na prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, que serão de novo discutidos, na próxima semana, em Nova Iorque e onde o Reino Unido estará representado pelo Vice Primeiro-Ministro, Nick Clegg. Da nossa parte, estamos inteiramente comprometidos com as metas da ONU de gastar 0,7% do Rendimento Nacional Bruto até 2013 em ajuda ao desenvolvimento internacional. E queremos garantir que o dinheiro chega àqueles que mais necessitam. O desenvolvimento económico sustentável está intimamente ligado à estabilidade política e segurança. Um mundo em que existe uma grande diferença entre os ricos e os pobres é um mundo mais perigoso e menos seguro para todos nós.
A Igreja Católica é também um parceiro importante na luta contra as alterações climáticas. Uma vez mais, serão os pobres que mais sofrerão se não agirmos para controlar o aquecimento global. Um acordo internacional para a redução das emissões de dióxido de carbono, por mais difícil que seja, é necessário mas não suficiente. Precisamos de desenvolver um novo paradigma de crescimento económico, definindo-o e procurando-o de forma a respeitar e preservar o meio ambiente.
O novo Governo Britânico acredita fortemente que estas decisões devem ser tomadas a nível local, e em envolver o maior número possível de pessoas e organizações no trabalho e na conquista do bem-estar das comunidades. Um dos grandes filósofos conservadores do século XVIII, Edmund Burke, apelidou estes sectores da sociedade de “pequenos pelotões”, argumentando que as responsabilidades deveriam ser distribuídas entres eles. Chamo a isto Grande Sociedade, na qual todos estamos juntos e trabalhamos em conjunto; uma sociedade mais responsável, onde exercemos as nossas responsabilidades em conjunto, com as nossas famílias e a nossa comunidade. Uma sociedade onde não reivindicamos apenas direitos, mas na qual assumimos também responsabilidades. O ensino social católico fez algo parecido durante mais de um século e organizações católicas trabalham lado a lado com outros grupos religiosos nas áreas de educação e bem-estar para fazer do nosso país um local mais harmonioso e solidário. Evidentemente, o Estado tem o seu papel na promoção do bem-estar individual, mas este trabalho deve complementar o que outros já fazem, sem o subverter.
Têm sido feitos vários comentários exagerados de que o Papa Bento XVI visitaria esta semana um país maioritariamente laico. Não concordo com esta afirmação e há muitas evidências em estudos e na participação em serviços religiosos que a contradizem. De qualquer forma, acho que estes comentários falham o alvo. A visita papal deve ser recebida não apenas por britânicos católicos ou pessoas de fé, mas por todos aqueles que acreditam que os grupos religiosos contribuem para a nossa sociedade e que compreendem que, para muitos, a fé é uma dádiva que devemos estimar, não um problema.
Podemos nem sempre concordar com a Santa Sé. Mas tal não nos pode impedir de reconhecer que a sua mensagem nos desafia a procurar respostas para as grandes questões da nossa sociedade e sobre como nos tratamos um aos outros e a nós próprios.
O Cardeal Newmann disse um dia que um pequeno acto, seja ele feito por alguém que auxilia um doente ou um necessitado, ou por alguém que perdoa um inimigo, demonstra uma fé maior e mais verdadeira do que poderia alguma vez alguém demonstrar através de palavras ou do seu conhecimento da Sagrada Escritura.
O Cardeal Newman é recordado em Birmingham pelo seu carinho pelo seu povo. Durante um surto de cólera na cidade, trabalhou incessantemente para ajudar pobres e doentes. Quando ele próprio morreu, os pobres vieram para as ruas em procissão. Na sua mortalha podia ler-se o seu lema: “Heart speaks to heart”. Não surpreende, por isso, que este seja o tema desta Visita Papal. Espero que se faça sentir nas entusiásticas boas-vindas ao Papa Bento XVI no Reino Unido, e que permaneça no sentimento colectivo quando Sua Santidade regressar a Roma.
*Primeiro-Ministro do Reino Unido**
** Qualquer semelhança com o discurso do primeiro-ministro de Portugal será mera coincidência
1) CAFOD é a agência oficial da Igreja Católica para Assistência em Inglaterra e no País de Gales
2) SCIAF é a Fundo Internacional de Assistência da Igreja Católica na Escócia
3) Trocaire é a agência oficial de desenvolvimento internacional da Igreja Católica na Irlanda
4) Caritas é uma confederação de 162 organizações humanitárias da Igreja Católica que actuam em mais de duzentos países – entre eles Portugal
Lei do aborto desde 15.07.2007 ...
Enquanto alguns dizem que "ainda não é tempo" de novo referendo, desde 29.07.2011 já matámospor opção da mulher...