O jornal "Correio da Manhã" de 4-03-12, trazia na primeira página a informação de que o ex-presidente da república, ex-primeiro ministro, ex-ministro sem pasta e descolonizador exemplar, Mário Alberto Soares, foi apanhado pelos radares da Brigada de Trânsito a 199 Km/h na A8, junto da Marinha Grande. Quando abordado pelos soldados da BT, como é seu hábito, reagiu mal, foi "mal educado", recusou-se a pagar a multa de 300,00€, alegando que quem tinha de a pagar era o Estado (como se este fosse o responsável pela condução). Em face desta negação, e como é das Leis da Natureza, "a corda partiu pelo ponto mais fraco", o motorista que ficou sem carta de condução. Esta situação, fez-me lembrar outra passada há uns dois anos na A1, em que um juíz conselheiro (creio que o Presidente do Supremo) foi apanhado em excesso de velocidade e o penalizado, foi o motorista que ficou com a carta suspensa durante seis meses..., não sei se terá pago alguma multa, mas...
Tanto num caso como no outro, verifica-se que o responsável moral, é (ou foi) uma alta figura do Estado Português, que em vez de dar um bom exemplo, não só desrespeitou uma Lei que era obrigado a cumprir, como agiu de forma impune, algo que não é permitido ao Português comum. Porquê?
Neste caso, como noutros, Mário Soares empurra para cima de outros, aquilo que lhe não agrada, criando a idéia de que está acima da Lei. É bem verdade "somos todos iguais mas uns são mais iguais que outros" in O triunfo dos porcos de George Orwell.
Num artigo de opinião no Correio da Manhã de 29-01-12, Eduardo Cintra Torres, falava na construção do mito pessoal, que o "descolonizador exemplar" estava trabalhando, com a ajuda, inclusivé, da RTP, que supostamente deveria ser pública e não funcionar a favor deste ou daquele.
Em face destes comportamentos (entre muitos mais), típicos de um regime em que as características de democracia são letra morta, levantam-se diversas questões, entre as quais, a seguinte:
Como pode Portugal avançar de forma sustentável na senda do Progresso e na defesa dos Direitos Humanos, quando vemos tantos governantes, de vários quadrante, bajularem esta figura? -Como pode um País desenvolver-se, sendo governado por um rebanho de carneiros?
-Não será tempo de mudarmos, de optarmos por outros políticos, por outras políticas?