Bênção
de Finalistas
Saudação
ao Senhor Cardeal Patriarca
Lisboa,
17 de Maio de 2003
Senhor Patriarca,
É com grande honra e
particular satisfação que os Finalistas
das Escolas Superiores de Lisboa o saúdam
e agradecem a vossa presença para presidir
a esta Celebração, que tanta importância
tem para nós.
Damos-lhe, pois, as
nossas mais cordiais e afectuosas boas
vindas.
Somos cerca de 7.000!
Animados com o final de uma das etapas da
nossa vida, que esperamos há 4, 5 ou 6
anos, com esta festa que marca a transição
para o Mundo do Trabalho, com o lema: ”Uma
Mudança, um Desafio, uma Cultura de Paz”.
Que bom estarmos aqui!
Animados pela Fé e
querendo que Deus também tome lugar na
fase final do nosso curso, viemos aqui
para louvar, rezar, agradecer e bendizer a
Deus, por mais uma meta que alcançámos com
a Sua Graça e com o nosso esforço e
dedicação.
Muito crescemos neste
tempo e neste espaço. Cruzámo-nos com
muita gente, tocámos muitas vidas e
deixámos que tocassem a nossa.
Não é por acaso que esta
Celebração ocorre no Tempo Pascal, vivendo
a alegria da Ressurreição de Cristo.
Ninguém melhor do que Maria nos pode
conduzir a este Mistério. A Ela, a Sede da
Sabedoria, é dedicado este Ano do Rosário
e o mês em que nos encontramos. À Mãe de
Deus pedimos a Sua intercessão, para que
cada um de nós saiba ser na sua vida
profissional um digno discípulo do Seu
Filho e um bom servidor dos seus Irmãos.
Tantas pessoas a quem
agradecer estes anos inesquecíveis... A
começar pelos nossos Pais; os nossos
Professores; Funcionários; e tantos
Colegas de que muitos ficámos amigos para
a Vida.
Daqui a alguns meses tudo
será diferente. Seremos as mesmas pessoas
mas com uma nova função na Sociedade,
outras obrigações e outras
responsabilidades. Novas caras. Novo
ambiente onde poderemos marcar a diferença
com o nosso testemunho.
E para além do trabalho,
decerto, outros desafios.
E a pergunta que se
espera: Que poderemos fazer, como
deveremos agir? Bastará sermos bons
profissionais? Bastará seguir os Valores
Éticos, a Verdade e a Justiça, como já o
fazia aquele jovem que interpelou Cristo,
quando se aproximou e Lhe disse: «Bom
Mestre, que devo fazer para obter a vida
eterna?»?
Senhor Patriarca: que
respostas tem para nos dar quando nos
vacilar a Fé, a Esperança e a Caridade?
Quando não soubermos onde está o Caminho,
a Verdade e a Vida? Porventura, agora,
alguns de nós se questionam neste
sentido... ou talvez mais tarde, nalgum
momento das nossas vidas, essa dúvida nos
possa afligir...
Congratulamo-nos também
com o vosso Jubileu Episcopal que celebra
este ano. Desejamos-lhe as maiores
Felicidades! Queremos que saiba que nunca
faltarão as nossas orações e gratidão.
Conte com os nosso
talentos para construir a Civilização do
Amor e da Paz. Como assinala o Papa João
XXIII, a Paz funda-se em quatro pilares: a
verdade, a justiça, o amor e a liberdade.
E requer, também, que se respeitem sempre,
em qualquer circunstância e sem excepção
alguma, a vida e dignidade de todos os
Seres Humanos desde o momento da concepção
até à morte natural. Estamos certos de
poder contar sempre com o Senhor
Patriarca, principal figura da Igreja de
Lisboa, que quotidianamente se entrega-
como o Bom Pastor- com o seu exemplo, a
sua vida e a sua palavra. Como
representante de Cristo é viva presença de
Deus, do seu perdão e misericórdia.
Orgulhamo-nos de o ter como Bispo da nossa
Diocese!
Senhor D. José: Queremos
ser úteis, deixar rasto, obra feita, fazer
a diferença e santificarmo-nos com o nosso
trabalho que nos realiza, que serve a Deus
e ao Próximo.
Recordaremos com saudade
este dia e este gesto com o significado
que sabemos vivamente apreciar.
Fecha-se a porta da
Universidade e conclui-se uma etapa de
formação. Mas esta porta que se fecha,
deixa ainda mais escancarada a Porta Viva
que é Cristo para Quem avançamos levando
as palavras do Santo Padre, como lema:
"Não tenhais medo de ser santos, esta é a
liberdade com que Deus vos libertou."
Rodrigo Faria de Castro