terça-feira, 24 de setembro de 2013

faltam crianças, faltam famílias


    FONTE DO GRÁFICO: PORDATA

    OTelegraph publicou há dias uma crítica do livro «Money Runs Out» do economista Stephen D. King. A tese de fundo do livro é que a Europa tornou-se um caso de falência por causa do colapso demográfico.

    Os chamados"baby boomers", diz King, convencidos erradamente que o problema fundamental sempre foi o da superpopulação, pararam de fazer filhos mas continuaram a gastar e a endividar-se.

    O cálculo económico, segundo o autor, é simples:  se gerarmos despesas e nos endividarmos, sem fazer que os que vão pagar a conta sejam mais numerosos, deixamos-lhes por legado um fardo insuportável.

    É exactamente o que está a acontecer na Europa onde a ideia dos perigos da superpopulação cristalizou, mesmo sem base real, e gerou uma cultura antidemográfica: pense-se na eutanásia, na contracepção, na homossexualidade.

    Noutras zonas do mundo onde esta cultura não penetrou e se fazem mais filhos, assistimos a um contínuo processo de desenvolvimento.

    Esta queda demográfica é um problema grave na Europa.

    PORTUGAL    Um artigo recente do Washington Post dedicou-se a Portugal, que nos últimos 4 anos sofreu uma queda de nascimentos de 14%.

    Uma tendência que é uma constante em todos os países europeus desde o fim dos anos 60. Segundo as projecções dos economistas, por volta de 2030 em Portugal 27,4% da população estará reformada, com mais de 1 cidadão em cada 4 a ter mais de 65 anos.