(texto integral no blogue "mané")
Como se não existissem problemas gravíssimos em Portugal, a merecer prioritariamente decisões políticas (fome, desemprego, crescente dívida pública, educação, justiça e saúde), o (des)governo decidiu marcar para o próximo dia 9 de Janeiro a discussão e votação da chamada lei que permite o “casamento de gays e lésbicas, ou seja, entre pessoas do mesmo sexo. E o afã de nos “distrair” é tanto, que tal diploma vai ser mesmo discutido antes do Orçamento do Estado para 2010, que só está atrasado 3 meses! (devia ter sido aprovado em Outubro passado).A continuação do dislate continuou, quando 90.000 cidadãos decidiram pedir um referendo sobre tal “casamento”, através da divulgação que os partidos ditos de esquerda iriam negar tal referendo! Assim se vê a ideia de democracia que PS, PCP e BE têm. Por mim, caso tal referendo seja negado, jamais votarei em partido dalgum dessa pseudo-esquerda anti-democrática!
[...]
Legislar sobre uma coisa que a própria natureza tornou repulsiva parece ser um desconchavo que só um relativismo moral doentio, justifica. Infelizmente a comunicação social, por razões várias, tudo têm feito por banalizar a discussão do tema para o tornar "normal" e habitual... Fá-lo a qualquer hora, por qualquer meio e vai ao ponto de mostrar cenas semi-explícitas. Ao mesmo tempo vão condicionando, ardilosamente, a expressão pública de quem não concorda com o desaforo. Um dia destes ainda vamos ter que pedir desculpa por não pertencermos ao "clube" ou acrescentarmos com entusiasmo, que também gostaríamos de experimentar.
E não deixa de ser curioso notar que são aqueles que tanto se têm empenhado em destruir a família tradicional, são agora os que se empenham tanto no casamento homossexual...
[...]
Deixámos para o fim a delicada questão da adopção de crianças e todo o género de experiências da bio genética, que é o corolário lógico deste tipo de união (e não devia passar disso): tal consideramos simplesmente como um crime contra a humanidade.
[...]
Agora experimentem continuar confortavelmente sentados no vosso sofá a ver o tempo passar sem se quererem incomodar com nada. Um dia acordam e.... a coisa passou a obrigatória! E depois não se queixem.
Jorge da Paz Rodrigues