... e treme moralmente, "pisada" por um governo que se sente no direito de afirmar por decreto aquilo que é negado pela natureza: o casamento homossexual.
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O que o governo português está a ponto de afirmar é que «nada temos a temer por transgredir as barreiras naturais*». Será isso verdade ou pura irresponsabilidade?
Quem, no futuro, assumirá responsabilidades perante as vítimas do caminho ora iniciado?
O cidadão individual José Sócrates ou o Parlamento que eventualmente aprovará esta decisão e reprovará a iniciativa do referendo?
O cidadão individual José Sócrates ou o Parlamento que eventualmente aprovará esta decisão e reprovará a iniciativa do referendo?
Nesse dia, talvez a terra não trema ou talvez não trema tão longe como 264 km de Lisboa nem tão fundo como 10 km de profundidade;
mas tremerá a sociedade portuguesa...
... o que vem a dar quase no mesmo.
Luís Botelho Ribeiro
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* "Fundamentos naturais da ética", direcção de Jean-Pierre Chageaux, Ed. portuguesa Inst. Piaget, 1996, ISBN 972-8329-19-9, pag. 179