Monsenhor Eduardo Melo Peixoto
Combateu o bom combate,
... agiu com coragem
Amou a Verdade,
... seguiu a Cristo
(foto: notícias magazine)
E por dar pleno testemunho da Verdade, quando tantos em Portugal se calavam ou acobardavam, carregou até à hora da morte* o destino anunciado pelo Mestre, nas palavras eternas do Sermão da Montanha:
«Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo,
disserem todo o género de calúnias contra vós, porque grande
será a vossa recompensa no céu; ”(Cfr. MT. 5.1-1)
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* cf. o lamentável texto da notícia do seu falecimento na RTP2 (noticiário da noite de sábado, 19 de Abril). Pleno de advérbios e PREC-iana adjectivação, mais parecia um panfleto revolucionário de 1975 do que um exercício de jornalismo sério, objectivo, neutro, isento e justo. Chegou ao cúmulo de agitar fantasmas do "anti-comunismo primário" e "extrema-direita" (toda a política exterior ao PCP, o democrático). E levou o delírio a pontos de atribuir a uma "maquinação da Igreja (de Braga?)" o enxovalho do COPCON ao Sr. Arcebispo D. Francisco Maria da Silva no aeroporto de Lisboa - como se os militares do COPCON obedecessem secretamente... ao Sr. Cónego Melo.
Não há aqui "jornalismo" engagé? Ou, pior, jornalistas a apostar na estupidez do público? Quem pode aceitar jornalismo sectário como este, em pleno séc. XXI num canal de serviço público, e por isso mesmo com especiais responsabilidades de isenção e, já agora, de decoro e respeito perante a morte de uma figura da importância histórica? E de onde vem a classificação de "extrema-direita"? A oposição à tentativa de instaurar em Portugal uma ditadura comunista não reuniu também o concurso de Sá Carneiro e Mário Soares, por exemplo? Alguém na redacção da RTP2 se atreveria a classificar de "extrema-direita" aqueles dois estadistas?
Ou será que o ódio da ortodoxia comunista e dos seus agentes então colocados em re(d)acções pagas por todos nós, nem perante a morte do homem se acalma? E nesse caso, uma outra ideia ganha corpo: a ideia de que talvez o princípio do fim da Ditadura Comunista em Portugal tenha sido, mais do que quaisquer outros, obra deste homem singular, amado e admirado pelo seu povo de Braga e por tantos portugueses de boa-Vontade, cuja capital importância histórica os seus inimigos, à sua maneira, reconhecem.