quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Promover o aborto credencia como Defensor dos Direitos Humanos?

«[...] A Rádio Renascença não contente com a ajuda, objectiva, descarada que concedeu aos abortófilos - ao longo destes anos e em especial aquando do último referendo sobre o aborto – hoje anunciou, no noticiário das 17h, que para comemorar o sexagésimo aniversário da Declaração dos Direitos do Homem iria transmitir um programa com a presença de Mário Soares e Adriano Moreira. Esta estação emissora sabe muito bem que o primeiro responsável pela introdução da legalização e estatização do assassinato de crianças nascituras, em Portugal, foi precisamente o fundador do Partido Socialista. Conhece também que ele nunca disso se arrependeu tendo inclusive apoiado o sim à liberalização total do aborto até às dez semanas, no último referendo. A Rádio Renascença convida, pois, para dissertar sobre os direitos humanos um personagem sinistro responsável moral e político pelo atropelo e esmagadura do primeiro de todos os direitos - o direito à vida -, fundamento e origem de todos os outros. Como a própria declaração afirma no seu preâmbulo: “ … o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. A dignidade, isto é, o valor excelente, excelso, sublime, inegociável, único, que exige respeito, justiça e amor não é concedida ou conferida por qualquer outra pessoa, pela sociedade ou instituição mas é inerente à natureza humana ou, se quisermos, é própria de todo e qualquer ser humano, só pelo facto de o ser. Por isso, no artigo 3º explicita o que já está dito: “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.” É pois inteiramente claro que Mário Soares através da elaboração, aprovação e promoção das “leis” iníquas do aborto arrebatou a uma multidão de indivíduos “o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. [...]»

Nuno Serras Pereira, in Infovitae 10.12.2008