Nuno Serras Pereira
03. 12. 2008
Desde que a ignóbil violência, a que falsamente se chama lei, entrou em vigor, a soberba petulante das mães grávidas que se dirigem aos matadouros de crianças inocentes tem vindo a crescer. O tom antes envergonhado foi substituído pelo descarado e a ignorância fingida por um reconhecimento malvado.
Uma mãe de dois filhos, como outra entre tantas, vai abater o terceiro que traz em si.
- Já tenho dois, não quero este filho!
Perplexa a voluntária pergunta timidamente se tem consciência de que traz uma vida humana no seu seio.
- Pois então não hei-de saber! Julga que eu sou palerma!
Engasgada a voluntária lembra que o resultado será a morte do bebé nascituro.
- Olha a novidade! Sei muito bem que vou matá-lo como já fiz a outros! Não quero este filho! Não quero!
Mas podemos ajudar, continua a voluntária, temos meios para disponibilizar, se tem dificuldades económicas…
- Quais dificuldades!, o dinheiro sempre se arranja. Ele agora é cá algum problema. Eu não quero este filho e se vier outro terá o mesmo destino! Irra que me bastam dois! Quero o melhor para eles e não lhes há-de faltar nada!
Pois, mas faltar-lhes-ão irmãos…
Infelizmente este não é um caso único mas cada vez mais frequente. Em Portugal, como diz a Leonor, “é proibido” ter o terceiro filho. Não por imposição legal mas por coacção mental, digo eu.
-------------
E neste entretanto o nosso Presidente da república anda entretido com o... Estatuto Político-Administrativo dos Açores. E talvez, após 19 de Dezembro, até o envie para o Tribunal Constitucional, depois de não ter atribuído uma tal "dignidade" à iníqua lei do Aborto!
Prioridades invertidas de quem - quiçá a sonhar com o apoio do PS para um segundo mandato - se comprometeu com a ideia da "cooperação estratégica"...
como quem - em posição de fraqueza política - abdica incondicionalmente...
como quem... "vende a Alma ao Diabo"...
como quem, enfim, ignora ou esquece que "Roma não paga a traidores"!
PPV