a. Pela natureza, grau de inocência e vulnerabilidade da vítima;
b. Pela assustadora e desproporcional coligação de forças que se une para atacar o mais indefeso dos seres;
c. Pela completa corrupção das funções do Estado, do Direito e da Medicina;
d. Pela instrumentalização e destruição das mães, atiradas para a sarjeta surda de uma dor longa, que as consome em fogo lento;
2. O aborto é o mais abominável de todos os crimes.
3. Os Juntos pela Vida preveniram, na manipulada campanha do referendo ao aborto, que tal como ao dia se segue a noite, ao aborto se seguiria a eutanásia.
4. Disseram-nos que uma coisa não implicava a outra, apesar de Portugal ser o único país que na mesma legislatura legalizou o aborto e tentou legalizar a eutanásia;
5. Hoje o alerta vai mais longe – a partir de 28 de Setembro de 2009 Portugal vai conhecer o mais violento ataque à vida jamais lançado no mundo ocidental:
a. Já temos a lei do aborto mais liberal do Ocidente;
b. O BE proporá a eutanásia, a pedido do próprio, a partir dos 18 anos; e, a pedido dos familiares, para pessoas inconscientes ou inimputáveis. O PS chumbará a proposta aprovando a medida “mais moderada e não menos moderna” da eutanásia "só" para "doentes".
c. É “lógico”, pois quando faltam crianças há que assegurar a sustentabilidade das pensões eliminando os pensionistas.
d. O BE proporá o casamento gay com possibilidade de adopção. O PS chumbará e, mais “moderadamente”, aprovará primeiro “só” o casamento gay, e num “prudente depois” a adopção.
e. Será imposta nas escolas a propaganda gay através da educação sexual.
f. Irão chamar os promotores e industriais do aborto para serem os responsáveis pela educação sexual para a prevenção do aborto;
g. Irão assimilar o contrato de casamento e a união de facto – que passarão a ser situações equivalentemente precárias –, desprotegendo-se totalmente mulheres e crianças.
6. Por tudo isto a partir de 28 de Setembro de 2009 está decretada a caça à criança, ao idoso, ao doente e à mulher.
7. Com a mesma angústia de morte que sentiram as pessoas mais lúcidas perante os passos crescentemente errados que antecederam a Segunda Guerra Mundial, os Juntos pela Vida recordam hoje aquela frase atribuída a Balzac: “maldito o que não gritasse no deserto, pelo receio de não ser ouvido por ninguém”.
8. Neste momento como em outros da nossa história recente os Juntos pela Vida saberão assumir as suas responsabilidades, seja pela acção junto do parlamento hoje eleito, seja na promoção de todas as movimentações populares necessárias a impedir este imposição de uma Cultura de Morte.
Lisboa, 27 de Setembro de 2009