Conforme o PPV já alertou em comunicado do dia 7 de Junho, a criação de uma Alta Autoridade para a execução Orçamental esvaziaria a autoridade e responsabilidade do Ministro das Finanças, retirando-lhe poderes executivos e poderia desmotivar alguns dos "melhores" de aceitar o cargo.
Não sabemos as razões invocadas por Vítor Bento para recusar o lugar mas é possível que o cenário criado - para o qual alertámos - tenha contribuído para este desfecho do qual resulta, infelizmente, que o novo ministro das Finanças já não poderá evitar o labéu de "segunda escolha". Tal situação não deixará de enfraquecer precisamente aquele ministério que a situação do país exigiria que se apresentasse como um "peso pesado". Na situação criada, poucas alternativas poderiam dar uma solução tão airosa como a avocação pelo próprio Primeiro-Ministro indigitado daquela importante pasta.