A possibilidade de existência de Vida no nosso planeta está estreitamente relacionada com uma constante física fundamental que determina a intensidade com que interagem a matéria e a luz, a constante de estrutura fina. O seu valor é perto de 1/137.
O Prof. Geim, que em 2004 descobriu o grafeno, uma folha de átomos de carbono, com apenas um átomo de espessura, organizados numa rede cristalina que se assemelha a um favo de mel, afirma: “Mude-se o valor desta constante de poucos por cento e a vida não existira porque as reacções nucleares nas estrelas geradores do Carbono a partir dos elementos mais leves não seriam permitidas. Sem Carbono não há vida.”
O seu gupo produziu membranas suspensas de grafeno de grandes dimensões e observou a transmissão de luz através das mesmas, verificando que absorvem 2,3 por cento da luz vísivel.
A medição de constantes fundamentais requer em geral equipamento sofisticado e condições especiais; a experiência de Manchester é de uma simplicidade extraordinária, já que nas palavras do Prof. Geim, pouco mais requer do que uma câmara fotográfica.