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Ex.mº Senhor Presidente do CDS-PP,
Ex.mº Dr. Paulo Portas,
Saudações democráticas.
Por demasiadas vezes, tem o PPV vindo a ser, por pessoas ligadas ao CDS-PP, acusado de "dispersar votos" e, mais concretamente, de dispersar votos cristãos. Penso que não se pode continuar a alimentar um tal equívoco entre uma franja significativa de cidadãos, potenciais votantes num dos nossos partidos. E para que tal equívoco termine, penso que a melhor coisa a fazer será um debate entre nós, com carácter de urgência democrática.
Com toda a lealdade, desde já lhe manifesto o essencial dos pontos que aí me proponho defender, na esperança de que nem por isso se furtará ao desafio! Nós pretendemos demonstrar exactamente o contrário do que se tem dito - quem dispersa o voto cristão é o CDS-PP, ao "meter na gaveta" uma parte essencial dos seus valores originários, defraudando assim as expectativas de uma parte muito significativa da sociedade portuguesa. O PPV, pelo contrário, congrega e apela ao voto cristão (e não só), o voto de milhares de cidadãos cansados de votar num "mal menor" ou naqueles que deixaram de se comprometer com os valores fundamentais e inegociáveis da Vida e da Família.
Em 2007, 243.132 eleitores de Lisboa votaram "não" no referendo do aborto. No Porto foram 294.586 e em Braga 189.102. Em todo o país 1.539.566 cidadãos afirmaram a sua posição pela Vida - representando mais de 40% da sociedade portuguesa, apesar de todas as manipulações tentadas pelo governo Sócrates, cujo "modernismo" levou os portugueses até à boca do lobo, deixando-nos completamente à mercê do FMI.
É sabido que a esmagadora maioria dos votantes no CDS-PP é pro-Vida. Apesar disso, o CDS-PP apresenta como cabeça de lista alguém que é declaradamente pro aborto e pro "casamento" gay -
Teresa Caeiro. Como se tal não (a)basta(rda)sse, o partido apresenta em terceiro lugar João Rebelo, que se depreende só ter votado contra o casamento gay para simular uma "
posição homogénea" do CDS, tal como também terão feito Teresa Caeiro e Assunção Cristas, assumindo declaração de voto. Também o sexto candidato, apresentado num "posto do crescimento", já que o CDS-PP tem 5 eleitos por Lisboa, o jurista Adolfo Mesquita Nunes, assume-se
favorável ao "casamento" gay. Significa isto que, se o PP crescesse em Lisboa, isso representaria apenas a eleição de mais um deputado anti-família.
Como é de conhecimento público, após a legalização do casamento gay, teoricamente sem direito de "adopção de crianças", o governo fez passar por "baixo da porta" uma lei do "apadrinhamento civil" que, como se viu, silenciou o clamor do "lobby gay" a favor da adopção. E a razão deste silenciamento é apenas uma: o apadrinhamento civil dá-lhes na prática o direito de adopção que tanto reclamavam. Não temos ilusões - votando em quem aprova o casamento gay, votamos igualmente em quem abre de facto a porta à
adopção gay de crianças (podem um dia ser os seus filhos!)
Podem os cristãos de Lisboa que votam habitualmente CDS-PP contribuir com o seu voto para eleger dois ou três deputados pro-"casamento gay" e alguns pro-aborto no próximo parlamento? Poder, podem - mas, em consciência, não devem. Porém, podem com o seu voto no PPV dar ao CDS-PP um sinal eloquente da necessidade de clarificação das suas posições, de mudança de rumo para voltar a representar fielmente a sua "base social de apoio", transportando para o Parlamento os valores sociais cristãos que tanta falta ali fazem e que, desta vez, só poderão lá entrar, sem equívocos, através do voto no PPV.
O CDS não está só na sua apreensão face ao crescimento potencial do PPV em face do milhão e meio de votos no "não". Também o PSD percebe o perigo quando ainda esta semana, falando com a Rádio Renascença(!), o seu líder alvitrou a possibilidade de talvez, eventualmente, reavaliar a lei do aborto, ou de não bloquear uma qualquer iniciativa de cidadãos no sentido de um novo referendo... Do PS ao BE, todos entenderam e denunciaram o calculismo da manobra, vindo de quem em 2007 foi favorável ao "sim" à liberalização do aborto e em 2008 se mostrou favorável a uma proposta de "
contrato civil semelhante ao casamento".
Por tudo isto, conforme manifestado acima e em nome do direito à "decisão informada" de milhares de cidadãos portugueses, hesitando entre o CDS-PP, o PSD, o PS e o PPV, venho desafiar V. Ex.ª para a realização de um debate em dia, hora e local à escolha de V/ Exc.ª, antes do termo da presente campanha eleitoral.
Melhores cumprimentos,
Luís Botelho
(responsável-geral do PPV)
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+ info:
http://www.ionline.pt/interior/index.php?p=news-print&idNota=116722
- aquando do último referendo sobre o aborto, em 2007, Adolfo Mesquita Nunes foi participar na RTP, num Prós & Contras, pelo lado do Sim. A Fátima Campos Ferreira apresentou-o como um "CDS a favor da legalização do aborto". E ele falou nesse sentido.
- no último dia de campanha do último referendo do aborto (6ª feira), a Teresa Caeiro fez divulgar a sua posição de que não votaria Não.
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Resposta automática do CDS. Leram mas não têm coragem para responder, quanto mais para aceitar o repto.
O antigo CDS acabou! Agora, no Caldas, mora o calculismo e a tibieza. Não há rasgo nem raça!
Luís Botelho, 31.05.2011
Mensagem
Para: Paulo Portas; LUSA
Assunto: carta-aberta do PPV ao presidente do CDS-PP
Enviada: 30-05-2011 01:56
lida em 30-05-2011 12:25.
Reporting-UA: cds.pt; Microsoft Office Outlook 12.0
Final-Recipient: rfc822;Presidencia@cds.pt
Original-Message-ID: mailto:4DE2EB2B.2070006@gmail.com
Disposition: manual-action/MDN-sent-manually; displayed
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Esclarecimento de um leitor sobre Carta Aberta a Paulo Portas do PPV
Um leitor identificado, mas que tem as suas razões para manter o anonimato, enviou-nos o seguinte comentário:
“Assinale-se que todos os deputados do CDS respeitaram a disciplina de voto, embora pudessem ter opiniões pessoais divergentes. Por outro lado, o PPV fica mal no final da carta, ao tratar por “vossa escelência” a pessoa a quem se dirigem, sem maiúsculas e com erros de ortografia. Parece que estão a “fazer pouco”.”
in Infovitae 1479 - Sexta-feira 3 de Junho de 2011
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(resposta enviada ao Infovitae e ainda não publicada)
Esclarecimento ao anónimo que defende(?) o CDS da carta do PPV
Caro/a anónimo/a, obviamente não pretendemos "fazer pouco" de ninguém. As gralhas que encontrou no final da nossa carta são isso mesmo - gralhas naturais em quem prescindiu do direito a 30 dias de dispensa de serviço e se manteve no seu posto todo este tempo. Todos os candidatos do PPV oferecem o seu tempo extra à Causa, mantendo-se em pleno no trabalho e nas suas famílias.
O CDS é que não honra os seus pergaminhos quando, apesar de dispor de tantos "profissionais da política", não ousa debater connosco - e até as cartas de "esclarecimento" são assinadas por anónimos. Receiam o quê? Não assinam porquê? De facto a tibieza instalou-se no largo do Caldas onde, na impossibilidade de desmentir o que sobre a sua duplicidade escrevemos, se põem a contar-nos as gralhas. A ver vamos se o povo português lhes dá prémio ou castigo...
Aqui no PPV, toda a gente assina o que escreve. Quem defende a causa justa, não tem medo como o que o CDS-PP demonstra.
Atentamente,
Luís Botelho
( cabeça de lista por Lisboa que em 2011 convidou Teresa Caeiro e Paulo Portas para debater e ambos se furtaram )