Partido [ Portugal ] Pró Vida disponível para viabilizar maioria governativa
Lisboa, 17 mai (Lusa) -- O presidente do Partido Pró Vida (PPV) está disponível para viabilizar uma maioria governativa que respeite os "valores da vida e da família" e defende que todos "têm possibilidade de redenção, até José Sócrates".
Lisboa, 17 mai (Lusa) -- O presidente do Partido Pró Vida (PPV) está disponível para viabilizar uma maioria governativa que respeite os "valores da vida e da família" e defende que todos "têm possibilidade de redenção, até José Sócrates".
Em entrevista à Lusa a propósito das eleições legislativas de 05 de junho, Luís Botelho Ribeiro explicou que o PPV perfilha a Doutrina Social da Igreja e que na ação política não irá "diabolizar" ninguém.
O líder do PPV lembrou que "Cristo veio salvar todos" e independentemente das "opções tomadas" qualquer pessoa tem até "à hora da morte a possibilidade de redenção, até José Sócrates".
Concorrendo em 12 círculos eleitorais, o PPV quer ter representação parlamentar, manifestando-se disponível para viabilizar um governo que defenda os "valores da vida e da família".
Durante a campanha eleitoral, o partido quer mostrar que as suas preocupações vão além da sua oposição à lei da interrupção voluntária da gravidez e do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Entre as ideias defendidas está a reforma de Justiça, o reconhecimento das famílias como "instância de segurança social", ao constituírem uma rede de apoio principalmente para os desempregados.
"A ação do governo pode ser feita através da desoneração", argumentou Botelho Ribeiro, recordando que a redução da Taxa Social única e a redução da contribuição social têm sido discussões da pré-campanha.
Para o PPV, as famílias que têm filhos não podem ser os "primeiros alvos a abater numa politica social", com o líder a recordar o corte do abono, diminuição das bolsas de estudo e o agravamento das propinas.
"E sem se proceder à reforma do Ensino Superior", criticou.
Ouvir "o país real" e recuperar os laços com os países lusófonos são outras das propostas sublinhadas.
Nas últimas eleições legislativas o PPV recolheu cerca de 8.500 votos.
Em 2009, o partido apresentou candidatos em quase todo o país, mas por "dificuldades legais" a lista em Lisboa não foi aceite, o que se "refletiu no resultado".
O orçamento desceu dois mil euros entre as duas eleições. Este ano, o PPV tem "dois mil euros virtuais", uma vez que terão de se contabilizar tempos de antena, mesmo quando estes são feitos por colaboradores que trabalham sem receber.
Pins 'artesanais' feitos com uma fita azul, a presença "bastante forte" na Internet e a pressão de colocar pessoas com dificuldades ou desempregadas nas mesas de voto, para poderem ser pagas, são algumas das ações do PPV para "dar o exemplo".
Os cabeça de lista do partido também foram convidados a prescindir dos 30 dias de dispensa dos seus trabalhos a que têm direito por lei, por estarem envolvidos na campanha eleitoral.
PL.
Lusa/fim