Qual é o utente do Serviço nacional de Saúde que goza do direito de chamar o médico a qualquer hora? Perante uma situação de emergência de algum familiar, p. ex. um AVC, quem não se lamentará de não ter à mão o número de telemóvel do «médico de família» para lhe pedir uma orientação naqueles minutos críticos?
A menos de uma relação pessoal especialmente cordial com o médico, o vulgar cidadão/utente não terá acesso ao número de telemóvel.
Uma mãe que quer ter o seu filho poderá dizer o mesmo? Só por especial favor... Mas para o aborto, porém, abre-se uma excepção. Pode ler-se no IOL diário que «As utentes que se desloquem ao Centro de Saúde [para abortar] ficam com o número do telemóvel do médico que as assiste, para o poderem contactar imediatamente no caso de terem qualquer dúvida ou de surgir alguma complicação», a qualquer hora do dia ou da noite.
É um escândalo e uma demonstração mais de que, para este governo, a morte dos inocentes é uma prioridade maior do que cuidar de devolver a saúde aos doentes.
... Até quando toleraremos tudo isto?